sábado, 3 de maio de 2014

Conflitos agrários cresceram 58% no Amapá, revela pastoral da terra

CID1-GRILAGEM
Dados divulgados nesta semana pela Comissão da Pastoral da Terra (CPT) revelam que o número de conflitos agrários no Amapá cresceram 58%. Segundo a Comissão, “essas ações nunca foram tão violentas”. De acordo com o presidente da CPT, no Amapá, Sandro Gallazzi, os conflitos em áreas rurais estão ligados à ganância.

“A produção agrícola no Amapá é travada por essa briga. A ganância do agronegócio tem destruído o sonho dos pequenos produtores e expulso alguns deles de suas terras”, disse Galazzi.

De acordo com os dados, em 2012 foram registrados 57 conflitos. Em 2013, houve o registro oficial de 90 casos, envolvendo 446 famílias. Isso ocasionou a destruição de 93 moradias de posseiros. O levantamento mostra que os maiores conflitos, em números e intensidade, ocorreram nas zonas rurais dos municípios de Macapá e Tartarugalzinho.

Galazzi diz que a ausência de um cadastro oficial das terras do Amapá favorecem os grileiros. “Essas terras acabam sendo entregues às empresas que devastam o solo e promovem a expulsão de famílias que moram nessas áreas há gerações. E o que é pior, esses colonos são expulsos por meio de violência e até ameaça de morte”, afirma o presidente da CPT.

Agora, como forma de combater esses crimes, a Comissão da Pastoral da Terra firmou um acordo com os órgãos fiscalizadores do Estado. Uma força-tarefa foi criada para apurar irregularidades na distribuição e apropriação de terras.

Em 2011, o Ministério Público do Estado determinou que o Instituto de Meio Ambiente do Amapá (Imap) suspendesse qualquer transferência de terras para coibir fraudes até a regularização fundiária no Amapá a partir da efetivação do repasse das terras da União ao Estado.
 
do Diário

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