A quatro dias da abertura, muitos já celebram a Copa do Mundo; são
aqueles que enxergam no evento um momento eminentemente esportivo,
propício para o congraçamento internacional e a mostra das qualidades do
Brasil; outros planejam aproveitar a iluminada vitrine para botar
blocos de protestos nas ruas, com potencial de conflitos e vandalismo;
suspeita-se, nesse time, de articulações entre black blocs, grevistas e
todo o tipo de radicais; prêmio Nobel da Paz, Jose Ramos Horta pediu uma
trégua, assim como já havia feito o titular da seleção brasileira
Daniel Alves; afinal, qual Brasil irá prevalecer?
O último
teste de fogo da Copa do Mundo no Brasil foi ultrapassado com sucesso.
"Conseguimos um ótimo cartão de visitas para o jogo de abertura na
próxima semana", comemorou nesta sexta-feira 6 o técnico Felipão, após o
jogo amistoso contra a Croácia, no Morumbi, ter transcorrido
normalmente. Ou quase.
Dentro do campo, a Seleção venceu
por 1 a 0, mas houve tensão suficiente na maior cidade do País antes e
depois da partida. Como reflexo direto de uma greve de metroviários,
parte do público de 67 mil pessoas entrou no estádio com atraso. Um
acordo de véspera fechado com a benção do Palácio do Planalto evitou que
uma marcha com mais de 10 mil integrantes do MTST fosse feita para ir
em direção ao Morumbi. Ficou a promessa de assentamento de milhares de
famílias.
O que quase aconteceu no ensaio do
jogo amistoso - um cenário de potencial tumulto - pode ocorrer de fato
durante jogos da Copa. Mas já é certo que os visitantes estão sendo bem
recebidos. Numa cena que, espera-se, também corra o mundo, a seleção da
Holanda, liderada por Robben, caminhou à beira mar na praia de Ipanema,
no Rio de Janeiro, e se confraternizou com fãs brasileiros. Os
australianos já estavam por aqui.
Os italianos chegaram e os alemães,
ingleses e argentinos estão aterrissando também, assim como todas as
delegações e milhares de turistas torcedores. A festa, enfim, vai
começar.
DUAS VISÕES DO EVENTO -
Junto com a taça da Fifa, passa a estar em jogo para o Brasil duas
concepções do evento. De um lado, a grande parcela da população que quer
desfrutar no Mundial um momento eminentemente esportivo, propício para o
congraçamento internacional e a mostra das qualidades do Brasil.
Afinal, sabe-se que, apesar de toda a maré pessimista, elas existem.
Com visão e objetivo opostos estão os que entendem a Copa como oportunidade.
Amapá 247
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