Caracterizada por manchas brancas e
irregulares que surgem em diversos pontos da pele, o vitiligo é uma
doença de pele não contagiosa e que pode surgir em qualquer fase da
vida, e apesar de não existir ainda uma definição exata sobre a origem
do problema, a relação das emoções com o surgimento e piora da doença é
comprovada.
As manchas não doem, não coçam e não
comprometem qualquer órgão interno. A doença em si não apresenta riscos
graves à saúde do paciente, mas provoca um desconforto estético muito
grande, principalmente quando se manifesta nas áreas mais visíveis do
corpo.
A presença das manchas já pode ser um fator
estressante, porém, a falta de sintomas, a não ser a descoloração, faz
com que muita gente espere a doença avançar para procurar ajuda, o que é
prejudicial, pois o tratamento da vitiligo precisa começar o quanto
antes. Segundo a dermatologista Denise Steiner, a ida ao médico é
fundmental para ajudar a esclarecer se trata-se mesmo de vitiligo, pois
há manchas que se confundem, alerta.
TIPOS DE VITILIGO E TRATAMENTO
Por não ter causa definida, não se pode
falar em cura definitiva da doença, porém, existem maneiras eficazes de
tratar o vitiligo, garante a Dra. Natalia. Os procedimentos para tratar o
problema variam de acordo com cada caso.
Vitiligo segmentar -
caracterizado pelo aparecimento repentino de uma mancha, de um lado só
do corpo, é o tipo mais simples da doença. Nele, a mancha costuma
acompanhar o trajeto de um nervo. Nesse caso é indicado o procedimento
cirúrgico, que leva uma célula normal para o local onde se encontra o
vitiligo.
Vitiligo vulgar - aparece
em surtos e as primeiras manchas surgem após e algum tempo, aparecem
novamente, aumentando cada vez mais. Mas não é incurável: "Se tratarmos o
problema, temos condições de melhorá-lo e controlá-lo e até de curar o
paciente. Em alguns casos as manchas até podem desaparecer totalmente”,
afirma a dermatologista.
Na fase em que as manchas estão aumentando
muito, substâncias como ácido fólio, vitamina B12 e corticoides, ou
combinar terapias, como a aplicação de luz com cremes antioxidantes que
podem pigmentar a pele podem ser indicadas. Uma delas é a aplicação de
cremes à base de corticoides sobre as áreas afetadas, ou a administração
via oral da substância, nos casos em que a doença está progredindo
rapidamente. O componente é capaz de controlar o sistema imunológico.
Outra opção é a exposição à radiação UVB por meio de lâmpadas ou do
próprio sol.
Em casos de manchas estáveis, que pararam de
aumentar de tamanho e são únicas, pode-se fazer um transplante de
melanócitos do próprio paciente: "No procediento retira-se fragmentos de
pele de alguma região escondida do corpo e implanta-se na área afetada,
onde ocorre uma espécie de espalhamento de pigmento, permitindo que a
coloração volte ao normal aos poucos”, esclarece a dermatologista: "A
face é uma área que reponde bem ao tratamento.
Já as mãos e pés têm um
retorno menos satisfatório. Acredita-se que pacientes com vitiligo se
beneficiem muito do acompanhamento psicológico para a melhora da
doença.” afirmou a especialista.
VITILIGO E ESTRESSE
Quando a pessoa fica estressada, as manchas
aumentam. Às vezes, o paciente melhora e volta a piorar porque viveu
algum estresse", explica o médico Roberto Azambuja, Coordenador do
Departamento de Psicodermatologia da SBD (Sociedade Brasileira de
Dermatologia).
E como o estresse já é apontado comprovadamente como uma
das causas que desencadeiam ou agravam o problema, o apoio de quem
convive com portadores é fundamental. Também é importante ter momentos
para praticar respiração, meditação, ioga, tai chi chuan.
Quando se vê que o estilo de vida do
paciente é estressante, se ele foi abalado por algum trauma emocional
que não superou, encaminha-se para a psicoterapia, que precisa ser
direcionada e de efeito rápido. É uma reprogramação cerebral que visa
transformar a percepção negativa em positiva e crenças limitantes em
facilitadoras.
Outro recurso são os Grupos de Apoio
Permanente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que têm como
objetivo a formação e a agregação de portadores de doenças de pele, com
potencial discriminatório e excludente. Quem participa dos grupos recebe
orientação, ouve relatos da comunidade, divide problemas e soluções.
(com informações do portal Terra)
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