quarta-feira, 15 de julho de 2015

CRDT reduz casos de hanseníase no Amapá

O Centro de Referência em Doenças Tropicais (CRDT), do Governo do Estado, tem realizado várias campanhas com o objetivo de combater doenças de pele, principalmente a hanseníase. O projeto tem ajudado muitas pessoas, como a autônoma Benedita de Fátima, que tinha uma mancha no rosto diagnosticada como uma irritação. Sem ter sucesso no tratamento, ela foi ao CRDT e descobriu que estava com hanseníase.

Ela iniciou o tratamento com acompanhamento médico no centro, que hoje é referência no tratamento de doenças de pele infectocontagiosas de alta e média complexidade. "Só tive certeza do que realmente eu tinha depois do diagnóstico dado pelo dermatologista do CRDT", lembrou Benedita.

A autônoma contou que chegou a sofrer preconceito dentro da própria família. "Quase caí em depressão porque a minha família, por falta de conhecimento, achava que um simples toque de mão transmitia a doença", contou.

O caso da autônoma é apenas um entre as centenas de registros feitos nos últimos anos. De acordo com os dados do CRDT, o número de casos de doenças tropicais no Amapá está em movimento decrescente, mas o combate continua. 

Em 2011, foram notificados 181 casos de hanseníase. Em 2012, esses números caíram para 151. Já em 2013, somente 133 casos foram registrados. Em 2014, foram 117 registros. Nos primeiros meses de 2015 os dados apontam 53 novos casos, dos quais 37 já foram curados.

Para a coordenadora da unidade, Inês Celeste, a queda se deve ao trabalho de orientação e campanhas para o combate e controle da doença. "As pessoas estão mais conscientes de como combater e se prevenir dessas doenças. Agora, com as redes sociais, a gente percebe o quanto as campanhas estão sendo massificadas e o retorno cada vez mais positivo", observou.

Melhorias
Filas e a espera por uma consulta no CRDT eram problemas constantes enfrentados pelos usuários. Segundo Celeste, o paciente não precisa mais chegar de madrugada ou na noite anterior para conseguir uma consulta.

"Todos que chegarem no horário das 7h às 9h sempre são atendidos. Se não conseguir vaga para o mesmo dia, pode agendar para outra data. Em casos suspeitos de hanseníase e leishmaniose, nós dispensamos o encaminhamento", explicou.

Outro avanço foi a reativação do teste rápido de HIV, sífilis, hepatite B e hepatite C. O atendimento voltou a ser realizado em janeiro deste ano, pelo período da manhã. Em seis meses, 526 testes rápidos foram realizados. Em 2014 foram apenas 226 atendimentos. Segundo o CRDT, a queda no número de testes no ano passado ocorreu devido paralisação das atividades por quase um ano.

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