Uma exposição com dois mil
quadros do artista Carlos Prado, de 68 anos, será realizada em novembro.
O objetivo do pintor é entrar para o Guinnes Book (Livro dos Recordes)
com a maior exposição de telas feita no mundo. O lugar escolhido foi a
Fortaleza de São José de Macapá que representa parte da vida de Prado. A
Secretaria de Estado da Cultura (Secult) é quem fará a inscrição do
artista para concorrer ao título.
As duas mil telas que serão
expostas tem sido produzidas desde novembro do ano passado, cerca de 600
delas ainda serão produzidas até o dia da exposição. A ideia do artista
é expor apenas os quadros pintados durante o período de um ano e não da
sua vida inteira. As obras de Prado passam pelo cubismo,
expressionismo, abstracionismo e mais outros nove estilos que poderão
ser contemplados durante a exposição.
Os espaços da Fortaleza serão
transformados em galerias. Até novembro, Prado irá pintar o restante dos
quadros que integrarão a mostra. Ele produz em média 100 obras por dia,
dedicando menos de cinco minutos para cada. "Vou pintar quadros que
retratam o cotidiano e cultura do Amapá. Tenho uma série de telas com
pinturas de 500 pássaros da Amazônia", declarou.
Dos quadros que serão pintados,
400 serão sobre o Amapá, os outros retratarão a Amazônia. Outro
diferencial do artista é que ele não assina as obras, mas em todas elas
inclui um círculo que representa o sol, símbolo da luz que segundo ele
acompanha-o e é a inspiração para as pinturas.
O pintor não vende os quadros,
pois considera que a arte deve ser apreciada por todos e que conta com
ajuda divina para desenvolver as artes. A exposição é realizada pela
Secult, e durante o evento uma tenda será montada no centro da área
interna da fortaleza para que os visitantes possam apreciar a confecção
das pinturas em tempo real. "Precisamos valorizar todas as artes e
divulgar o Amapá para o mundo dando reconhecimento ao talento dos nossos
artistas", afirmou o secretário de Estado da Cultura, Disney Silva.
Além da exposição, a Fortaleza também concorre ao título de
Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas
(ONU). Na sexta-feira, 21, a Secult realizará o lançamento da exposição
"Amazônia".
O pintor
O pintor
Carlos Prado é natural de Santa Catarina, mas criou raízes no Amapá. Os
filhos e netos nasceram e foram criados no Estado que Prado adotou como
seu. Por esse motivo, ele se denomina um artista amapaense, pois foi no
Amapá que alavancou a carreira artística.
Autodidata, Prado começou a pintar aos oito anos, ao contrário de muitos artistas que possuem um estilo, ele possui vários. Outra curiosidade é que ele pinta com produtos básicos e utilizando as mãos. Pouco usa o pincel e em alguns casos utilizam pedaços de madeira e carvão.
Autodidata, Prado começou a pintar aos oito anos, ao contrário de muitos artistas que possuem um estilo, ele possui vários. Outra curiosidade é que ele pinta com produtos básicos e utilizando as mãos. Pouco usa o pincel e em alguns casos utilizam pedaços de madeira e carvão.
Prado chegou ao Amapá por acaso. O barco que ele velejava pela Guiana Holandesa quebrou no distrito de Bailique quando retornava de viagem. Então, Prado foi a Macapá para fazer quadros que eram vendidos nas praças. Assim conseguiu consertar o barco para seguir viagem. Porém gostou muito da cidade e retornou permanecendo por muitos anos. Aos 68 anos, ele retorna ao Estado para um dos momentos mais importantes da carreira.
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