Novo terminal será inaugurado pelo
presidente da República na sexta (12). Público usará nas novas instalações a
partir de sábado (13).
A Infraero inaugura nesta
sexta-feira (12/4) o novo Aeroporto Internacional de Macapá/Alberto Alcolumbre.
A obra, que recebeu investimentos de R$ 166,4 milhões e é um dos principais
empreendimentos do Governo Federal na Região Norte, vai oferecer os melhores
níveis de serviço, atendimento, conforto e segurança para os passageiros que
chegam e partem da capital amapaense. A solenidade de inauguração, com o
presidente da República Jair Bolsonaro ocorrerá às 11 horas, no saguão
principal.
Com o novo aeroporto, o futuro
desembarca no Amapá. As novas instalações contam com o que há de mais moderno
em infraestrutura, conforto, tecnologia e segurança. Com uma área de 27,2 mil
m², o terminal poderá receber 5 milhões de passageiros por ano, duas vezes
maior que a capacidade das antigas instalações. A nova estrutura terá recursos
de automação no ar condicionado e iluminação e contará com 25 balcões de
check-in, seis escadas rolantes, 13 elevadores e três novas esteiras de
restituição de bagagem, além de um sistema de prevenção e combate a incêndio
sem igual no estado e soluções de acessibilidade em todo o aeroporto para
pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
“Essa obra moderna e funcional é a
Infraero levando um padrão de alta qualidade aos usuários do transporte aéreo e
toda essa cadeia de serviços em Macapá. Esse fator, associado à expertise da
empresa com aeroportos e o anúncio da redução do ICMS no querosene de aviação
pelo Governo do Amapá vão colaborar para o desenvolvimento da economia local e
estimular a aviação civil na região”, afirma a presidente da Infraero, Martha
Seillier.
Acesso ao público
A partir de meio dia de sábado
(13/3), o novo Aeroporto de Internacional de Macapá passará a receber os
viajantes que chegam e partem do estado. A primeira operação a utilizar as
novas instalações será com o voo da Gol, o 1678, procedente de Belém (PA), com
chegada prevista para as 14h40. Já a primeira partida também será da Gol, que
fará o voo 1679 para Belém às 15h10.
Os primeiros 45 dias serão de
operação assistida. Nesse período, a Infraero vai monitorar o funcionamento de
instalações e equipamentos, além de realizar serviços e reparos eventuais no
novo terminal. “Nessa etapa, nós teremos um apoio mais intenso do consórcio responsável
pelas obras para execução de reparos eventuais ou finalização de serviços
menores. Isso ocorrerá sem interferir no funcionamento do aeroporto e é algo
que já foi feito nas inaugurações de Vitória e Goiânia”, explica a
superintendente Keyla de Moraes.
Para chegar ao novo aeroporto, os
passageiros terão um acesso viário ampliado, que levará a um meio fio de
embarque com duas pistas - sendo uma delas coberta – e a um estacionamento de
veículos com 780 vagas para carros, motos, ônibus e bicicletas.
Para os usuários de transporte
público, a Prefeitura de Macapá está definindo as linhas de ônibus que
atenderão o aeroporto. Por outro lado, a Infraero já tem contrato com uma
cooperativa de táxi para atender aos frequentadores do aeroporto.
Todas essas mudanças já foram
comunicadas pela Infraero às companhias aéreas, cooperativas de táxi, empresas
de ônibus, secretarias Municipais e Estadual de Turismo e Transportes,
Embratur, Associação Brasileira de Agências de Viagens no Amapá. A empresa também
fez informes no seu site, veículos de comunicação locais e redes sociais.
Para administrar o aeroporto, a
Infraero reforçou seu efetivo a partir de programas internos de remoção e
transferência, além de ajustar os contratos de terceirização. Os profissionais,
que passaram de 65 para 82, atuarão nas áreas de operações, segurança e
limpeza, sempre com o objetivo de garantir o melhor atendimento numa instalação
moderna e que é mais complexa que a anterior.
“Toda a transição foi discutida e
planejada com as empresas aéreas, concessionários e poder público local. Ainda
assim, é natural que surjam dúvidas e elas poderão ser sanadas com a Infraero,
por meio do nosso portal na internet e nas nossas redes sociais; e também com
as empresas aéreas, lojistas e prestadores de serviços do aeroporto, visto que
cada um tem sua área de atuação”, explica Keyla.
Sustentabilidade
O consumo responsável dos recursos
naturais será uma característica do novo aeroporto. A nova estrutura contará
com iluminação natural e sistema automatizado de lâmpadas de LED, o que
permitirá uma economia de energia de 50% em relação ao antigo terminal. Esse
sistema, associado à climatização automatizada e aos vidros laminados, darão
conforto ao passageiro e redução de gastos com energia.
Nos recursos hídricos, a cobertura
do novo terminal fará a captação água da chuva, que servirá para atividades de
irrigação e limpeza, preservado os recursos naturais e reduzindo custos com
tratamento e abastecimento de água.
Outra solução disponível é o
separador de água e óleo no sistema de drenagem do pátio de aeronaves, o que
faz com que os resíduos de óleos e graxas dos equipamentos das empresas aéreas
sejam filtrados e evitem a poluição do entorno do aeroporto.
“A obra também trouxe soluções no
sistema água do ar condicionado, transformadores, geradores e circuitos
elétricos. Esse conjunto faz toda diferença no dia-a-dia, porque permite
menores consumos de energia, água e até de óleo diesel no caso do gerador”,
explica o superintendente de Engenharia da Infraero, Adelcio Guimarães Filho.
Impacto econômico
Com o novo Aeroporto de Macapá, a
Infraero dá a cidade um novo vetor de desenvolvimento econômico. A nova
estrutura, com mais capacidade, poderá receber mais voos e ampliar a oferta de
produtos e serviços em seu mix comercial, que passará a contar com 62 pontos
comerciais. Desse total, 14 já irão funcionar a partir da inauguração, tais
como lanchonete, serviço de táxi, caixas eletrônicos, locadores de veículos,
agência de viagem e perfumaria. Além desses, outros cinco estabelecimentos
começarão suas atividades ainda este mês, conforme a conclusão dos processos
licitatórios.
“O Aeroporto de Macapá é o único no
estado que opera voos comerciais regulares. Com a abertura das instalações
modernas e iguais a de grandes terminais do mundo, a Infraero o consolida como
a principal porta de entrada do Amapá e, também, como um vetor de
desenvolvimento da economia, seja pela possibilidade de aumento de voos ou pela
geração de empregos. Só na obra chegamos a 2,8 mil trabalhadores diretos e
indiretos. Agora, com o início das operações, abre-se um novo ciclo, com
lojistas e prestadores de serviços relacionados a toda a cadeia da aviação, que
terá sua demanda atendida com facilidade pelos próximos 30 anos”, avalia a superintendente
Keyla de Moraes.
Voos internacionais
O novo terminal de passageiros de
Macapá terá condições de receber voos internacionais. O projeto entregue pela
Infraero conta com áreas disponibilizadas para Polícia Federal, Receita
Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Vigilância
Agropecuária (Vigiagro).
“A presença dos voos internacionais
depende do interesse das empresas aéreas, que vão avaliar questões como demanda
do mercado local. Ao mesmo tempo, a Infraero pode buscar contato com operadores aéreos, órgãos públicos e de
fomento ao turismo e negócios para que as atividades de alfândega, imigração e
vigilâncias sanitária e agropecuária sejam definidas”, explica Keyla.
Terminal antigo
A última operação do antigo
terminal de passageiros será a da Latam, que fará o voo 3446, que partirá para
Belém (PA) às 6h05. Ao final dessa atividade, a Infraero fará o fechamento da
instalação. A partir daí, começa a última etapa da obra, de demolição do
terminal antigo para ampliação do pátio de aeronaves. Isso dará mais espaço e
condição de segurança para a movimentação de aeronaves. Por esse motivo, uma
das pontes de embarque ficará sem uso até a conclusão desses trabalhos.
Histórico da obra
As obras foram iniciadas em
dezembro de 2004 e paralisadas em novembro de 2008, depois que a Infraero
rescindiu o contrato com o consórcio que iniciou os serviços. Auditorias
realizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontaram irregularidades que
levaram à inclusão do empreendimento no quadro de bloqueio da Lei Orçamentária
de 2008 e 2009.
Em julho de 2009, o acórdão
1571/2009 do TCU concluiu que não havia mais motivos para manter a obra no
quadro de bloqueio da Lei Orçamentária daquele ano. A partir disso, a Infraero
se preparou para retomar as obras paralisadas, dividindo o objeto original do
contrato, o que permitiu fazer a cobertura do terminal de passageiros e ampliação
do pátio de aeronaves.
Em seguida, foi elaborado o edital
de licitação para retomar as obras do novo terminal passageiros. A publicação
ocorreu em junho de 2014 e o processo foi homologado em dezembro do mesmo ano,
com o contrato e a ordem de serviço sendo assinados em julho de 2015.
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