O
ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes decidiu suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da
Polícia Federal.
Moraes
é o relator de ação protocolada pelo PDT. O partido questionou a nomeação feita
pelo presidente Jair Bolsonaro na esteira de uma série de acusações do ex-juiz
Sergio Moro de tentativas de interferência política na Polícia Federal.
Na
decisão, o ministro relata acusações feitas por Moro e trocas de mensagens
entre o ex-juiz e o presidente da República que indicam um embate em torno do
comando da Polícia Federal.
Ele
ainda relata mensagens enviadas pela deputada Carla Zambelli,
aliada de Bolsonaro, na qual ela sugere a Moro que aceite a troca na PF de olho
em uma vaga no Supremo.
Moraes
lembra que o episódio tornou-se alvo de inquérito na corte e conclui: “Tais
acontecimentos, juntamente com o fato de a Polícia Federal não ser órgão de
inteligência da Presidência da República, mas sim exercer, nos termos do artigo
144, §1º, VI da Constituição Federal, com exclusividade, as funções de polícia
judiciária da União, inclusive em diversas investigações sigilosas, demonstram,
em sede de cognição inicial, estarem presentes os requisitos necessários para a
concessão da medida liminar pleiteada”.
A
posse do novo diretor-geral da Polícia Federal estava agendada para esta
quarta-feira, às 15h.
Moraes
determinou que a Advocacia-Geral da União seja comunicada de imediato,
inclusive por WhatsApp de sua decisão, e determinou que a Procuradoria-Geral da
República seja ouvida.
Fonte: CNN Brasil
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