Chegada de mais imunizantes permitirá ampliar grupos prioritários
O Ministério da Saúde apresentou nesta quarta-feira (24) o
quantitativo de distribuição dos 3,2 milhões de doses de vacinas contra a
covid-19 entregues ontem (23) à pasta pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)e
pelo Instituto Butantan. Do total recebido, 2 milhões de doses são da vacina da AstraZeneca/Oxford, importadas da Índia, e
1,2 milhão, do imunizante do Instituto Butantan. A distribuição dos
imunizantes deve ocorrer nos próximos dias.
De acordo com a pasta, a
chegada de mais vacinas vai permitir a ampliação da vacinação para outros
grupos prioritários: agora, terão prioridade pessoas nas faixas de 85 a 89 anos
e de 80 a 84 anos, 3.837 indígenas e 8% dos trabalhadores da Saúde.
Até então, a Campanha
Nacional de Vacinação previa a incorporação dos idosos de 90 anos ou mais
(100%); trabalhadores da Saúde (73%); pessoas idosas (60 anos ou mais)
residentes em instituições de longa permanência institucionalizadas (100%);
pessoas com deficiência, a partir de 18 anos, moradores em residências
inclusivas institucionalizadas (100%); indígenas vivendo em terras indígenas
com 18 anos, ou mais, atendidos pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
(100% do quantitativo inicial repassado pela Secretaria de Saúde Indígena –
Sesai).
Ainda segundo o Ministério da
Saúde, o envio das doses aos estados vai ocorrer de forma proporcional e
igualitária, conforme estabelece o Plano Nacional de Operacionalização da
Vacinação contra a covid-19, que prevê os grupos prioritários.
Entretanto, devido à situação
epidemiológica, a Região Norte receberá 5% do total de doses de vacinas em cada
fase de distribuição. “Desse total, 70% [destinam-se] ao Amazonas, 20% ao Pará
e 10% Acre, para também atender aos seguintes grupos prioritários: Amazonas:
86.667 pessoas entre 60 e 69 anos; Pará: 24.762 na faixa entre 80 e 84 anos; e
Acre, 12.381 pessoas entre 70 e 84 anos”, informou o ministério.
A Secretaria de Vigilância
Sanitária (SVS) do Ministério da Saúde disse que a nova remessa de doses de
vacina recebidas pelo Butantan corresponde à entrega de duas doses. Com isso,
estados e municípios devem fazer a reserva do imunizante para aplicação da
segunda dose, conforme o prazo recomendado de duas a quatro semanas.
Já a vacina da AstraZeneca
corresponde à entrega da primeira dose. O ministério informou que a segunda
dose será distribuída em outro momento, já que o imunizante tem prazo maior
para realizar a outra aplicação. O quadro de distribuição das vacinas está
contido no informe técnico da SVS sobre o plano
de vacinação.
No caso da CoronaVac, está
prevista a aplicação de duas doses por pessoa, no espaço de duas a quatro
semanas. No informe técnico divulgado hoje, os técnicos da Coordenação-Geral do
Programa Nacional de Imunizações alertam os estados sobre a necessidade de
reservar a quantidade suficiente de CoronaVac para aplicar a segunda dose.
“Tendo em vista o intervalo
entre a Dose 1 e Dose 2 (duas a quatro semanas), e considerando que ainda não
há um fluxo de produção regular da vacina, orienta-se que a D2 fique reservada
para garantir que o esquema vacinal seja completado dentro desse período,
evitando prejuízo nas ações de vacinação”, diz o documento.
Os 2 milhões de doses da
vacina da Astrazeneca/Oxford poderão ser usados para ampliar o número de
pessoas que receberão a primeira dose da vacina, pois a pasta assegura que
receberá novo lote do imunizante a tempo de garantir a segunda dose, que, no
caso da Astrazeneca, deve ser aplicada em 12 semanas.
Da Agência Brasil
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