A partir de 2015 quando inicia a nova legislatura na Câmara Federal em
Brasília a bancada amapaense se apresenta com um dado nada positivo;
Vinte e cinco por cento dos deputados federais do Amapá eleitos no
último dia 5 de outubro, já foram presos pela Polícia Federal (PF) e
respondem a denúncias graves.
A bancada do estado é formada por oito deputados. Dois deles, Roberto
Góes (PDT) e Marcos Reategue (PSC), foram eleitos pela primeira vez
para a Câmara Federal e levam na ficha pessoal uma temporada nas
carcereagens do presídio da Papuda e da da própria PF em Brasília,
repectivamente.
Prefeito de Macapá entre 2009 a 2012, Roberto Góes ficou preso de
forma preventiva no Complexo da Papuda, em Brasília, de dezembro de 2010
a fevereiro de 2011 por ordem da Justiça. No último dia 17 de setembro O
Ministério Público do Amapá (MP-AP), ofertou denúncia contra o
ex-prefeito e mais nove pessoas, acusados de formação de quadrilha,
fraude em licitações e superfaturamento na compra de 40 mil cestas
básicas, referentes ao programa denominado “Escola Viva”.
Segundo a investigação, sustentada com as provas colhidas pela
Polícia Federal no curso da “Operação Mãos Limpas”, dois pregões (nº 06 e
nº 08/2010 – PM) foram realizados pela Prefeitura Municipal de Macapá
(PMM) para a compra de 40 mil cestas básicas, ao custo de R$
5.444.935,00 (cinco milhões, quatrocentos e quarenta e quatro mil e
novecentos e trinta e cinco reais).
Desse total, segundo relatório do Laboratório de Tecnologia contra a
Lavagem de Dinheiro do MP-AP, houve superfaturamento na ordem de R$
3.154.747,23 (três milhões, cento e cinquenta e quatro mil reais,
setecentos e quarenta e sete reais e vinte e três centavos), divididos
em dois contratos firmados com as empresas C.G.L. SILVA LTDA e R.J
SANTOS LTDA.
Já Marcos Reategue foi preso em 2013, permaneceu mais de 30 dias na
superintendência da PF em Brasília, acusado de acessar inquéritos da PF e
de repassar as informações para as pessoas investigadas. Reategue teria
se utilizado da função de delegado da Polícia Federal para espionar
autoridades do Estado e beneficiar o grupo político de seu irmão,
deputado estadual Moisés Souza. As informações acessadas pelo delegado
envolvem autoridades, políticos e empresários do Estado.
Mesmo com os referidos históricos, Roberto Góes foi o mais votado com
22.134 votos e Marcos Reategue o sétimo com 12.485 votos entre os oito
eleitos.
Domiciano Gomes do Amapá 247
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