terça-feira, 14 de outubro de 2014

Eleições: 25% dos deputados federais eleitos já foram presos



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A partir de 2015 quando inicia a nova legislatura na Câmara Federal em Brasília a bancada amapaense se apresenta com um dado nada positivo; Vinte e cinco por cento dos deputados federais do Amapá eleitos no último dia 5 de outubro, já foram presos pela Polícia Federal (PF) e respondem a denúncias graves.

A bancada do estado é formada por oito deputados. Dois deles, Roberto Góes (PDT) e Marcos Reategue (PSC), foram eleitos pela primeira vez para a Câmara Federal e levam na ficha pessoal uma temporada nas carcereagens do presídio da Papuda e da da própria PF em Brasília, repectivamente. 

Prefeito de Macapá entre 2009 a 2012, Roberto Góes ficou preso de forma preventiva no Complexo da Papuda, em Brasília, de dezembro de 2010 a fevereiro de 2011 por ordem da Justiça. No último dia 17 de setembro O Ministério Público do Amapá (MP-AP), ofertou denúncia contra o ex-prefeito e mais nove pessoas, acusados de formação de quadrilha, fraude em licitações e superfaturamento na compra de 40 mil cestas básicas, referentes ao programa denominado “Escola Viva”.

Segundo a investigação, sustentada com as provas colhidas pela Polícia Federal no curso da “Operação Mãos Limpas”, dois pregões (nº 06 e nº 08/2010 – PM) foram realizados pela Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) para a compra de 40 mil cestas básicas, ao custo de R$ 5.444.935,00 (cinco milhões, quatrocentos e quarenta e quatro mil e novecentos e trinta e cinco reais).

Desse total, segundo relatório do Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro do MP-AP, houve superfaturamento na ordem de R$ 3.154.747,23 (três milhões, cento e cinquenta e quatro mil reais, setecentos e quarenta e sete reais e vinte e três centavos), divididos em dois contratos firmados com as empresas C.G.L. SILVA LTDA e R.J SANTOS LTDA.

Já Marcos Reategue foi preso em 2013, permaneceu mais de 30 dias na superintendência da PF em Brasília, acusado de acessar inquéritos da PF e de repassar as informações para as pessoas investigadas. Reategue teria se utilizado da função de delegado da Polícia Federal para espionar autoridades do Estado e beneficiar o grupo político de seu irmão, deputado estadual Moisés Souza. As informações acessadas pelo delegado envolvem autoridades, políticos e empresários do Estado.

Mesmo com os referidos históricos, Roberto Góes foi o mais votado com 22.134 votos e  Marcos Reategue o sétimo com 12.485 votos entre os oito eleitos.

 Domiciano Gomes do Amapá 247

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