A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) efetuou, na sexta-feira, 6,
o repasse de R$ 6,2 milhões, referente ao pagamento de transporte,
manutenção e merenda escolar.
As contas de 340 caixas escolares do Amapá
foram desbloqueadas, permitindo mais de 400 escolas retornarem as aulas
na próxima segunda-feira, 9.
O valor total de R$ 6.224.357,93 foi repassado aos três setores
obrigatórios para que as aulas iniciassem normalmente. Ao transporte
escolar, foi pago o valor de R$ 3.042.357,93. Para a merenda escolar
diária dos estudantes, foram repassados R$ 1.676.000,00. Referente à
manutenção das escolas foi designado R$ 1.506.000,00.
Em 2014 várias ações trabalhistas de prestadores de serviço
contratados pela Unidade Descentralizada de Execução da Educação (UDE)
fizeram com que as contas fossem bloqueadas. FGTS, INSS e salários não
foram pagos durante vários meses, o que motivou os processos.
O procurador geral do Estado, Narson Galeno, reforçou que os avanços
nos processos da Justiça do Trabalho resultaram no desbloqueio das
contas. Todas as ações movidas pelos prestadores de serviços da UDE
foram direcionadas a 4ª Vara do Trabalho, para que fossem tratadas com
urgência e permitir que o calendário escolar iniciasse. "O grande
problema seria iniciar as aulas sem a merenda escolar e o transporte.
Por conta disso, a 4ª Vara do Trabalho reuniu todos os processos para
que fossem resolvidos com mais agilidade, permitindo o desbloqueio das
contas", explicou Galeno.
O secretário de Estado da Fazenda, Josenildo Abrantes, explicou que o
motivo no atraso do repasse se deu por conta da falta de controle e
fiscalização dos caixas escolares. "Mesmo diante das dificuldades
encontradas, conseguimos operacionalizar o repasse dos recursos. O
atraso se deu por conta da irresponsabilidade da gestão anterior, que
permitiu que mais de 90% dos caixas escolares ficassem inadimplentes",
reforçou.
Mais de 60% das unidades de ensino do Amapá ainda possuem problemas
na infraestrutura. No ano passado as escolas ficaram sem qualquer tipo
de manutenção por mais de 6 meses, decorrente do bloqueio dos caixas.
A pedido do Setentrião, a Secretaria de Estado da Educação enviará ao
Ministério Público o detalhamento dos recursos, relacionando cada valor
que foi repassado a cada caixa escolar, para o acompanhamento de forma
transparente da aplicação do dinheiro público.
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