quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Violência dispara no governo Jatene

ESTATÍSTICAS:

Acompanhando as estatísticas observadas mês a mês, o Estado do Pará encerrou o ano de 2013 com crescimento dos índices de criminalidade, segundo os registros oficiais do próprio Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp) obtidos pelo DIÁRIO junto ao Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol). Durante os doze meses de 2013, 3.772 pessoas foram vítimas de homicídios, o que corresponde a um crescimento de 218 casos, se comparados com os 3.554 homicídios registrados em 2012.
Sem que o aumento já fosse confirmado ainda em novembro do ano passado, o maior número de homicídios foi registrado em dezembro, quando 359 pessoas foram assassinadas. Também em 2012, a maior concentração de casos foi registrada no último mês do ano, com 386 registros, fator que poderia ter chamado a atenção do sistema de segurança pública a tempo de impedir que a situação se repetisse. “O que precisa, de quem está à frente, é compromisso de ter iniciativa para mudar isso. A gente percebe que os índices só crescem, então, até agora ninguém teve essa iniciativa”, considera o presidente do Sindpol), Rubens Teixeira. “Com certeza esse cenário poderia ter sido diferente se o poder público tivesse agido”.
Já anunciado antes, o crescimento de homicídios já havia sido percebido em 2012, quando se constatou, mais uma vez, o aumento de 90 casos de homicídios em relação a 2011. Com números bem superiores aos de latrocínio, por exemplo, os homicídios, quase sempre, estão relacionados ao tráfico de drogas. Fator que, para Rubens, deveria ser o centro das ações do sistema de segurança pública. “É o tráfico de drogas que impera, hoje. Até os assaltos que acontecem, geralmente, estão ligados ao tráfico”, relaciona. “Quando a gente analisa os dados, percebe que o índice de homicídio é que é elevado e eles ocorrem muito por conta do tráfico, então é ele que precisa ser combatido”.
Crimes
Ainda que alarmantes, o aumento da criminalidade não se restringe aos casos de homicídios. Se comparados também os registros dos crimes de latrocínio, roubo e furto, constata-se facilmente que todos apresentaram crescimento em 2013. O crime de roubo foi o que apresentou maior aumento. Em 2013, 2.740 registros de roubos foram observados a mais que em 2012.
Segundo o presidente do Sindpol, uma proposta de força tarefa já foi apresentada ao governo para amenizar a insegurança crescente no Estado. “A ideia que temos é fazer uma força tarefa para ocupar os bairros, já com um levantamento prévio, e fazer barreiras em cada saída”, sugere. “Com isso, vamos tirar os traficantes dos bairros e a violência vai abaixar, com certeza”.
Problema já sinalizado pelo sindicato durante todo o ano passado, o déficit de policiais no Estado continua dificultando, segundo Rubens Teixeira, a atuação as Polícia. “Temos 2.600 policiais, hoje, no Estado, mas aí estão incluídos também os que atuam na área administrativa. Desse total, apenas 1.600, 1.700 são operacionais, que estão nas ruas mesmo”, enumera. “Precisaríamos de aproximadamente mais três mil policiais para suprir a necessidade da população”.
(Diário do Pará)

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