ESTATÍSTICAS:
Acompanhando
as estatísticas observadas mês a mês, o Estado do Pará encerrou o ano
de 2013 com crescimento dos índices de criminalidade, segundo os
registros oficiais do próprio Sistema Integrado de Segurança Pública
(Sisp) obtidos pelo DIÁRIO junto ao Sindicato dos Servidores Públicos da
Polícia Civil do Pará (Sindpol). Durante os doze meses de 2013, 3.772
pessoas foram vítimas de homicídios, o que corresponde a um crescimento
de 218 casos, se comparados com os 3.554 homicídios registrados em 2012.
Sem que o aumento já fosse confirmado ainda
em novembro do ano passado, o maior número de homicídios foi registrado
em dezembro, quando 359 pessoas foram assassinadas. Também em 2012, a
maior concentração de casos foi registrada no último mês do ano, com 386
registros, fator que poderia ter chamado a atenção do sistema de
segurança pública a tempo de impedir que a situação se repetisse. “O que
precisa, de quem está à frente, é compromisso de ter iniciativa para
mudar isso. A gente percebe que os índices só crescem, então, até agora
ninguém teve essa iniciativa”, considera o presidente do Sindpol),
Rubens Teixeira. “Com certeza esse cenário poderia ter sido diferente se
o poder público tivesse agido”.
Já anunciado antes, o crescimento de
homicídios já havia sido percebido em 2012, quando se constatou, mais
uma vez, o aumento de 90 casos de homicídios em relação a 2011. Com
números bem superiores aos de latrocínio, por exemplo, os homicídios,
quase sempre, estão relacionados ao tráfico de drogas. Fator que, para
Rubens, deveria ser o centro das ações do sistema de segurança pública.
“É o tráfico de drogas que impera, hoje. Até os assaltos que acontecem,
geralmente, estão ligados ao tráfico”, relaciona. “Quando a gente
analisa os dados, percebe que o índice de homicídio é que é elevado e
eles ocorrem muito por conta do tráfico, então é ele que precisa ser
combatido”.
Crimes
Ainda que alarmantes, o aumento da
criminalidade não se restringe aos casos de homicídios. Se comparados
também os registros dos crimes de latrocínio, roubo e furto, constata-se
facilmente que todos apresentaram crescimento em 2013. O crime de roubo
foi o que apresentou maior aumento. Em 2013, 2.740 registros de roubos
foram observados a mais que em 2012.
Segundo o presidente do Sindpol, uma
proposta de força tarefa já foi apresentada ao governo para amenizar a
insegurança crescente no Estado. “A ideia que temos é fazer uma força
tarefa para ocupar os bairros, já com um levantamento prévio, e fazer
barreiras em cada saída”, sugere. “Com isso, vamos tirar os traficantes
dos bairros e a violência vai abaixar, com certeza”.
Problema já sinalizado pelo sindicato
durante todo o ano passado, o déficit de policiais no Estado continua
dificultando, segundo Rubens Teixeira, a atuação as Polícia. “Temos
2.600 policiais, hoje, no Estado, mas aí estão incluídos também os que
atuam na área administrativa. Desse total, apenas 1.600, 1.700 são
operacionais, que estão nas ruas mesmo”, enumera. “Precisaríamos de
aproximadamente mais três mil policiais para suprir a necessidade da
população”.
(Diário do Pará)
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