sexta-feira, 19 de junho de 2020

Rarison consegue assinaturas suficientes para a CPI do Coronavírus para investigar gastos de R$ 4,1 milhões na gestão do prefeito Ofirney Sadala

O vereador Rarison Santiago (Republicanos), líder da oposição ao prefeito Ofirney Sadala, conseguiu emplacar o requerimento que cria uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar gastos na ordem R$ 4,1 milhões destinados ao Covid-19 em Santana.

Com o apoio dos vereadores Adelson Rocha (PCdoB), Socorro Nogueira (PT), Katia Lima (PSD) e Josivaldo Abrantes (PDT), o líder da oposição Rarison Santiago, conseguiu de acordo com o Regimento Interno da Câmara Municipal, completar as 5 assinaturas necessárias para criar a "CPI do Coronavírus" ou "CPI do Covidão" de Santana.

As 5 assinaturas correspondem à 1/3 dos 15 vereadores da Casa, número exigido para que o requerimento de CPI seja lido em plenário, realizando em seguida a composição dos 3 membros, respeitando a proporcionalidade dos partidos, que serão apontados pela presidente Helena Lima (Solidariedade).

O vereador Rarison Santiago afirmou que o número de assinaturas suficientes para a instalação da chamada “CPI do Covidão” foi uma grande vitória da sociedade santanense que cobra mais transparência em relação aos recursos federais destinados para o combate ao coronavírus, já que o retorno não foi sentido na ponta pela população durante os meses de março, abril, maio e junho, quando procuraram atendimento e tratamento para a pandemia na rede municipal de Saúde.

“O município recebeu mais de 4 milhões em maio e no momento de ápice da pandemia do coronavírus em Santana, o que observamos foi a gritaria geral da população que procurava atendimento na UBS Maria Tadeu, recebia atendimento médico, mas voltava para casa sem os medicamentos necessários para o início do tratamento da doença, tendo que se deslocar para capital ou realizar comprar em valores altíssimos na rede particular”, lembrou o vereador.

De acordo com dados registrados no Portal da Transparência do Covid-19 da Prefeitura de Santana, os recursos destinados em maio são da bancada federal por meio de indicação da deputada federal Leda Sadala, irmã do prefeito de Santana, mas o município também recebeu R$ 4,3 milhões em junho do governo federal, totalizando mais R$ 8 milhões nos últimos dois meses para combater a pandemia.

"Com R$ 4 milhões daria para oferecer o serviço de tomografia computadorizada aos santanenses, já que com o exame que na rede particular custa cerca de R$ 350, os médicos conseguem ter um diagnóstico mais acurado da doença e até hoje não temos o exame de tomografia, mesmo com milhões em conta", denuncia o parlamentar.

Operação Expurgo da PF

O pedido de CPI tem como objeto principal, investigar gastos de recursos federais na ordem de R$ 4,1 milhões, mas podem alcançar a cifra de mais de R$ 8 milhões destinados à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), tendo como foco o festival de processos com dispensas de licitações, contratos emergenciais que levantaram suspeitas por parte dos parlamentares sobre possíveis direcionamentos, favorecimento e até mesmo suspeitas de superfaturamento em valores verificados em notas de empenhos. Algumas dessas suspeitas também são alvos de investigação da Polícia Federal na Operação Expurgo, realizada em maio.

A Operação Expurgo da PF realizou mandados de busca e apreensão na casa da secretária de Saúde Maira Carvalho, residências de empresários e no prédio da Semsa, apontando durante as investigações, suspeitas de direcionamento e fraudes em licitações na ordem de R$ 1,8 milhão em recursos para o Covid-19.

Rarison afirma que o festival de dispensas de licitações mesmo com o decreto de emergência chama a atenção da imprensa local e da sociedade, alertando a oposição que confirmou diversas informações do portal que precisam ser investigadas.

Um dos casos emblemáticos é a compra de insumos hospitalares pela empresa Santana Hospitalar, que até o momento da denúncia na imprensa santanense tinha endereço desconhecido e só passou a ter identificação num prédio localizado às margens da rodovia Duca Serra, após denúncias numa emissora de rádio local.

A nota de empenho apresentada pela Santana Hospitalar apresenta valores que não estariam de acordo com a realidade de mercado.

“Agora é instalar a CPI e pressionar junto com a sociedade, investigando todos os processos, pedindo apoio do MP, MPF e da PF para abrir a caixa-preta do coronavírus em Santana. Assim vamos saber por que faltou remédios básicos como azitromizina, ivermectina e insumos durante a pandemia, que poderiam salvar vidas que foram perdidas, já que milhões foram destinados na conta do Fundo Municipal de Saúde,” finalizou Rarison Santiago.


terça-feira, 16 de junho de 2020

PF apura desvio de recursos públicos nas eleições de 2018 no Amapá

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (16/6), a Operação Desviocracia*, para combater associação criminosa responsável por fraudes e desvios de recursos públicos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), denominado Fundo Eleitoral, nas eleições gerais de 2018, no Amapá.

Cerca de 40 policiais federais dão cumprimento a 15 mandados de busca e apreensão nos municípios de Macapá/AP e Mazagão/AP, expedidos pelo juízo da 2ª Zona Eleitoral do Amapá.Segundo as investigações, iniciadas a partir de irregularidades apontadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), verificou-se um esquema criminoso de desvio de recursos públicos do fundo eleitoral, como também, fraudes no lançamento de candidaturas femininas, para atender ao requisito mínimo – cota de gêneros – nas eleições de 2018, e, assim, obter mais recursos dos fundos de financiamento de campanha.

Identificou-se, ainda, o envolvimento de empresas prestadoras de serviços às
candidaturas investigadas, que durante as eleições foram remuneradas com recursos do fundo partidário, porém, sem qualquer comprovação da efetiva prestação dos serviços declarados, indicando direcionamento deliberado dos recursos públicos ao financiamento de outras campanhas eleitorais.

O esquema criminoso desviou mais de R$ 530 mil em recursos do fundo partidário, para o financiamento de apenas três candidaturas, de votação inexpressiva, nas eleições de 2018. Esse valor representa aproximadamente 34% do total recebido pelo partido político, o que evidencia a incompatibilidade na distribuição dos recursos recebidos.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica eleitoral e apropriação indébita eleitoral, e se condenados, poderão cumprir pena de até 14 anos de reclusão.

*Desviocracia é uma analogia ao esquema criminoso de desvio de recursos provenientes do fundo eleitoral, uma vez que a justificativa para utilização destes recursos públicos seria o financiamento da democracia, porém a investigação constatou que são desviados para finalidades ilegais.

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá


Festival francês Make Music Day chega em Macapá

A festa mundial da música, realizada no próximo domingo, 21 de junho, se tornou um fenômeno global assistido por centenas de milhões de pessoas, em mais de 1.000 cidades em 120 países.

Em 2020, devido à pandemia de coronavírus, o evento acontecerá virtualmente.

Apresentando mais de 5.000 concertos gratuitos, este ano o espetáculo visa incentivar todas as pessoas, com várias habilidades musicais, a comemorar a alegria de fazer música.

Mais de 60 cidades Brasileiras participarão do Make Music Day 2020, demonstrando o poder que a música tem para unir as pessoas, espalhar alegria e criar comunidades em meio a esse período desafiador.

Diferente dos festivais de música tradicional, o Make Music Day é um convite aberto para que todos possam fazer, curtir, tocar, ensinar e aprender música no dia mais longo do ano.

A música atrai pessoas a participar do Festival criando divertidas e inéditas maneiras de fazer música, enquanto praticam o distanciamento social.

Lançado na França em 1982 como a Fête de la Musique (Festa da Música), Make Music Day Brasil é patrocinado pela Associação Nacional da Indústria da Música (ANAFIMA), nos EUA, e pela The NAMM Foundation, coordenado pela organização sem fins lucrativos Make Music Alliance.

“O Make Music Day é um evento global que mostra a força da música e como ela rompe barreiras. A música tem ajudado as pessoas a equilibrar o emocional neste período de coronavírus”, explica Daniel Neves, presidente da ANAFIMA, que ao receber a notícia da inscrição da artista Brenda Zeni, lhe fez um convite para ser a liderança da região amapaense.

“É um grande desafio, mas também uma grande satisfação”, disse Brenda Zeni, que é uma das figuras do rock em atividade.

"Desde já convido a "todes" para participar deste dia internacional de música em seus mais variados estilos e segmentos", finalizou Brenda.

Conectar pessoas no Make Music Day

"Neste tempo de distanciamento social, a música tem o papel poderoso de nos reunir", disse o presidente da Make Music Alliance, Aaron Friedman. "Embora as reuniões públicas não estejam acessíveis no momento, ainda podemos permanecer conectados e celebrar a música com pessoas de todo o mundo no dia 21 de junho".

Programas de Destaques do Make Music Day Brasil

Ao vivo de casa - As pessoas serão convidadas para postar uma apresentação musical em casa no dia 21 de junho, e marcar três amigos para desafiá-los a fazer o mesmo.

 Live Home Studio (Estúdios de quarto) – Produtores farão música em casa usando sons que as pessoas vão enviar para eles, transmitindo ao vivo, para que todos possam participar do processo de produção.

 25x12: Aulas on-line ao vivo –

Escolas/professores de música no Brasil e no mundo oferecerão aulas em grupo gratuitas (diversos instrumentos), em vários níveis, do inicial ao avançado. As aulas estarão disponíveis via Zoom Conference, Facebook ou Youtube.

Track Meet - Em 21 de junho, equipes de quatro músicos correrão contra o relógio para criar novas faixas originais em um revezamento criativo. Usando a estação de trabalho de áudio virtual SoundTrap, cada músico terá 90 minutos para adicionar sua contribuição antes do próximo companheiro de equipe assumir o comando.

No final do dia, a faixa de cada equipe será publicada on-line para que todos possam ouvir.

Serenatas nas janelas - Os músicos se apresentarão nas calçadas das casas de repouso para idosos ou abrigos de menores, levanfo alegria em forma de música enquanto praticam o distanciamento social. Os moradores podem colar um pedaço de papel colorido na janela para solicitar uma música.

Varanda e Quintal musical – Músicos podem se apresentar nas varandas e quintais, embaixo de prédios e até na rua, levando música boa para sua vizinhança.

DJ Set – Djs podem participar do Make Music Brasil conectando seus equipamentos e realizando uma festa bem especial!

Todos os eventos do Make Music Day Brasil são gratuitos e abertos ao público. Os participantes que desejam se apresentar ou sediar eventos musicais podem se inscrever no https://bit.ly/makemusicbr

Hashtag oficial: #MakeMusicDayBrasil #MakeMusicDay


segunda-feira, 15 de junho de 2020

Empresa de Energia Cachoeira Caldeirão e Jari Energia doam R$ 229 mil ao combate à Covid-19 no Amapá


Repassado por meio do Instituto EDP, recurso é destinado à compra de equipamentos de proteção individual e de 22,5 toneladas de alimentos

Os recursos serão repassados por meio do Instituto EDP, que gere os investimentos socioambientais, do qual as hidrelétricas fazem parte, o repasse do recurso será feito para a Secretaria de Saúde do Estado, e ao projeto Movimento do Bem.

O recurso destinado a saúde pública do Amapá será de R$ 130 mil. O valor vai servir para a compra de equipamentos de proteção individual, como aventais, óculos, macacões e óculos. A distribuição aos hospitais ficará na responsabilidade da Secretaria de Saúde.

Já o projeto Movimento do Bem vai distribuir R$ 99 mil para 300 famílias das cidades de Ferreira Gomes, Porto Grande e Laranjal do Jari. O repasse será realizado por meio de cartões alimentação. A ideia é que cada família defina os itens que deseja comprar, além de ser uma forma de estimular a compra do comércio local e movimentar a economia do município. Com o valor, será possível comprar cerca de 22,5 toneladas de alimento.

“A pandemia da Covid-19 expôs principalmente as pessoas com menos recursos aos riscos da doença e a situações extremas, como a fome por falta de emprego ou reserva de recursos. Por isso, destinamos esses valores a fim de beneficiar a saúde pública, bem como alimentar pessoas em comunidades vulneráveis e movimentar o comércio local. Acreditamos que essa ajuda será de grande valia para o Amapá”, ressalta Paulo Ramicelli, assessor de diretoria do Instituto EDP.

Edital EDP Solidária

O edital EDP Solidária doou cerca de R$ 2,5 milhões a projetos de enfrentamento da pandemia em comunidades carentes e indígenas, favorecendo 40 mil pessoas. os projetos foram beneficiados por meio da oferta de cestas básicas, vales-alimentação e kits de higiene, e do incentivo de iniciativas de empreendedorismo social.

Em pouco mais de dez dias, o edital recebeu mais de 600 candidaturas de todos os Estados brasileiros. O processo seletivo, que conta com auditoria da EY, teve a participação de um comitê externo formado pelos médicos Esper Kallas, professor da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital das Clínicas da USP; Álvaro Costa, infectologista do Hospital das Clínicas da USP e membro da unidade de pesquisa do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids; e Wanderley Resende, ortopedista e consultor em Gestão da Saúde; além de Marcelo Nakagawa, professor de Inovação e Empreendedorismo no Insper.

Ao todo, a EDP destinou mais de mais de R$ 10 milhões para o enfrentamento da pandemia em todo o país. Dentre as ações estão R$ 6 milhões à compra de 90 respiradores artificiais para as UTIs de hospitais públicos do estado de São Paulo. Além disso, a EDP doou mais de R$ 1,5 milhão em equipamentos médicos de proteção individual, tais como máscaras, aventais e óculos, e medicamentos a hospitais públicos dos estados do Espírito Santo, Ceará e Maranhão.

Sobre a UHE Cachoeira Caldeirão

A Usina Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão conta com três unidades geradoras de 73 MW cada, totalizando a potência de 219 MW. O empreendimento, construído no Rio Araguari, no Estado do Amapá, opera a fio d’água, configuração na qual utiliza a vazão do rio para a geração de energia. Com início da operação em 2016, antecipação de oito meses frente ao prazo regulatório, a hidrelétrica é gerida pela Empresa de Energia Cachoeira Caldeirão, constituída pelas acionistas EDP (50%) e China Three Gorges - CTG (50%).

 Sobre a UHE Santo Antônio do Jari

 Localizada na divisa entre os Estados do Pará e Amapá, a Usina Hidrelétrica Santo Antônio do Jari aproveita a queda natural do rio Jari, onde se formam cachoeiras com cerca de 10 metros de altura, e tem potência instalada de 392,95 MW. O vertedouro da usina tem 1.500 metros, o que faz dele um dos maiores do mundo em extensão. Com a entrada em operação em setembro de 2014, quatro meses antes do previsto, a Usina, que funciona a fio d'água, é gerida pela empresa Jari Energia, constituída pelas acionistas EDP (50%) e China Three Gorges - CTG (50%).


segunda-feira, 8 de junho de 2020

SENAI Amapá oferta 300 vagas gratuitas para cursos de aperfeiçoamento profissional

Com edital aberto para oferta de 300 vagas gratuitas em nove cursos ministrados a distância, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do Amapá quer incentivar as pessoas a aproveitar o tempo para se aperfeiçoar profissionalmente. As inscrições serão realizadas no período de 8 a 11 de junho, exclusivamente pela internet. Para isso, basta acessar o site www.ap.senai.br. As aulas vão iniciar a partir de 16 de junho, conforme cronograma.

O candidato deverá inscrever-se para um único curso, dentre as opções disponíveis: Prevenção à Poluição, Fundamentos de Refrigeração e Climatização, Segurança de Dados, Técnicas e Fundamentos de Qualidade, Desenho de Edificações em CAD 2D, Eficiência Energética, Fundamentos de Web Design, Introdução à Logística, e Tecnologias das Confecções. Para a seleção é exigido possuir, no mínimo, 14 anos completos na data de início da capacitação, além de dispor de ferramentas para realização do curso (internet, notebook, computador, celular ou tablet).

As vagas serão preenchidas por ordem de inscrição, obedecendo ao limite de alunos por curso. O interessado deverá informar, obrigatoriamente, os seguintes dados: nome completo sem abreviatura; número do RG e do CPF; endereço atualizado; nome completo, data e local de nascimento de sua mãe; número do RG e do CPF da mãe, caso seja menor de idade; endereço de e-mail válido; e número telefônico atualizado.

Após esse envio, o candidato receberá um e-mail de confirmação de sua inscrição, e deverá responder anexando cópias de RG, CPF e comprovante de residência atualizado (nos formatos JPEG, PNG ou PDF) e em caso de aluno menores, RG e CPF também do responsável. Após análise da documentação e verificação se os pré-requisitos do edital são atendidos, receberá em até 24 horas antes do início do curso, login e senha para acesso ao ambiente virtual de aprendizagem.

Os cursos de aperfeiçoamento têm o objetivo de inserir o aluno no mercado de trabalho ou de lhe permitir uma recolocação profissional, a partir da atualização, ampliação e complementação de competências profissionais adquiridas. De curta duração, com carga horária que varia de 20 a 60 horas-aulas, atendem, sobretudo, às necessidades decorrentes de inovações tecnológicas e de novos processos de produção e de gestão. Na conclusão, é conferido certificado ao aluno.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Água privatizada e fim das estatais: os mitos por trás do novo marco do saneamento

Enquanto países desenvolvidos como Alemanha, Canadá e Japão levam saneamento básico a mais de 99% de suas populações, o Brasil ainda vê a universalização dos serviços de água e esgoto até 2033 em um horizonte distante. Com a pandemia, o coronavírus coloca ainda mais em risco a vida de quase 128 milhões de brasileiros que não têm os resíduos coletados ou vivem sem água encanada – retrato de um país em que se prevenir da covid-19 e lavar as mãos, por exemplo, é um privilégio. 

O passo para que enfim esse setor da infraestrutura nacional deixe para trás anos de defasagem está prestes a ser dado no Senado, com a votação do novo marco legal do saneamento (PL 4.162/2019). 

Segundo a pesquisadora do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getulio Vargas (FGV/CERI) Juliana Smirdele, atualizar a legislação é necessário porque os recursos públicos investidos nas últimas décadas foram insuficientes e não acompanharam o aumento da população brasileira.

“A título de comparação, em 2008, de acordo com dados do MDR [Ministério do Desenvolvimento Regional], 94,7% da população urbana do país tinha acesso à rede de água. Já em 2018, dez anos depois, esse valor chegou a 92,8%. Isso é uma evidência de que os esforços empenhados para expandir essa infraestrutura não foram suficientes para fazer frente ao crescimento populacional”, analisa.

O PL 4.162/2019 é considerado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pauta prioritária em 2020. O texto pode ser votado ainda em junho, como revelou o relator, senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), em evento on-line promovido pelo Jota nesta segunda-feira (1°).

 

Para explicar o que prevê o marco do saneamento e seus reais impactos, listamos abaixo os principais mitos e consultamos três especialistas que são referência em saneamento básico para que você fique por dentro do assunto.

Água será privatizada? 

Um dos maiores mitos em torno do novo marco legal é o que o valor das tarifas pode subir com a delegação dos serviços de saneamento à iniciativa privada, em um processo de “privatização da água”. O advogado da área de infraestrutura e sócio do escritório Lobo de Rizzo, Rodnei Iazzetta, esclarece que essa informação é falsa e aponta que a tendência é que ocorra justamente o contrário.

“A água não pode ser privatizada, é um bem público. A privatização é uma venda. Pegamos um exemplo da década de 1990, quando a Embraer foi privatizada. Você vende a empresa, com CNPJ e tudo. Como a água é um bem público, não é possível vender a água, o que eu estou fazendo é concedendo, por um prazo determinado, a prestação daquele serviço. No caso, a maneira com que a população será abastecida com aquela água”, compara.

Segundo o especialista, a abertura do mercado proporciona competitividade ao setor. Seguindo a lógica de que haverá avanços em infraestrutura e cobertura dos serviços de saneamento com a entrada de investimentos privados, o consumidor final pode pagar menos por isso e ter acesso a melhores serviços.

“O que se propõe é apenas a delegação para que uma empresa possa explorar um serviço público. Vale lembrar que os municípios e estados continuam sendo donos daquele serviço. O que acontece é que a iniciativa privada é contratada, por um prazo, a exercer essa função sob condições. E a empresa perde essa concessão se as regras não forem cumpridas”, pontua Iazzetta.

O governo não poderá mais oferecer a Tarifa Social?
Há quem diga que a aprovação do novo marco regulatório representa o fim da Tarifa Social, benefício que dá descontos à população de baixa renda, desempregados e moradores de habitações coletivas nas contas de água e esgoto. Isso não tem fundamento porque essas condições especiais de pagamento, que preservam o direito ao acesso aos serviços, estão previstas na Lei Federal 11.445, de 2007. (hiperlink: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm). Essa determinação federal é justificada pela relação direta do saneamento básico com a manutenção da vida humana e deve ser respeitada por todas as empresas prestadoras, sejam públicas ou privadas. Logo, esse mecanismo social não será afetado, muito menos extinto.

O presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, enfatiza que a Tarifa Social não só continuará valendo como será fortalecida por meio das normas de referência de regulação tarifária que estabelecem os mecanismos de subsídios para quem não têm possibilidade de arcar com o valor integral.

“Essa tarifa mais em conta continua porque é uma questão social. Essa prática nunca mais cai. É uma forma de todos terem acesso à água e, ao mesmo tempo, de a empresa receber. Se há um lugar que não recebe água, como uma favela, por exemplo, o pessoal acaba puxando um ‘gato’ da rede oficial e a empresa cede a água sem receber nada por isso”, exemplifica. 

“A Tarifa Social é uma maneira de a empresa operadora entregar uma água segura, para que o cidadão tenha uma conta, o que lhe permite ter esse documento para abrir um crediário, por exemplo, e de a empresa receber um pouco por aquela água que foi consumida. Essa tarifa diferenciada é importante para o cidadão e para a empresa operadora. O marco regulatório não mexe em nada disso”, garante Édison Carlos.

Atualmente, cada estado estabelece a própria regra de Tarifa Social, mas geralmente ela é aplicada a famílias com renda mensal de até três salários mínimos e em domicílios em que a mulher exerce o papel de chefe de família. Para usufruir do benefício em São Paulo, por exemplo, o cidadão deve comprovar à Sabesp, a cada dois anos, que possui renda familiar de até três salários mínimos; que mora em habitação subnormal com área útil de até 60 m²; que consome até 170 kWh mensais de energia e 15 metros cúbicos de água; que não há débitos para o imóvel; e que, no caso de desempregados, a demissão não tenha ocorrido por justa causa. 

Até o fim de junho, os paulistanos que se enquadrem nos critérios e tenham entrado com pedido de inclusão na Tarifa Social Residencial a partir de 20 de março serão beneficiados com o valor reduzido na conta de água: R$ 8,88 para consumo de até 10 metros cúbicos de água, o que equivalente a 10 mil litros por mês.

Segundo Édison Carlos, a empresa que pratica a Tarifa Social tende a evitar o desperdício de água, especialmente em áreas que têm ligações clandestinas.

“É muito comum observar naquela área irregular, em uma favela, por exemplo, o nível de consumo muito alto porque as pessoas não pagavam a conta. Quando paga a conta, mesmo que seja pouco, ela recebe informação da importância de usar a água corretamente, de utilizar a água potável para o que realmente é necessário, como fazer comida, tomar banho e beber. Tudo isso é uma conscientização que chega junto com o estabelecimento da Tarifa Social”, conclui o presidente da Trata Brasil.

Privatizar é obrigatório?

Outro trecho que causa confusão e debate é o que supostamente tornaria obrigatória a concessão dos serviços locais à iniciativa privada, enfraquecendo as companhias públicas, caso o PL 4.162 seja aprovado. Para interpretar de forma correta o que está previsto na nova legislação é preciso entender antes como ocorre a prestação de água e esgoto e quem é responsável por isso. 

O artigo 30 da Constituição Federal deixa claro que o município é a quem cabe “organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local”, como no caso do saneamento. Se uma gestão municipal, com seus próprios esforços, não puder atender à população, pode delegar os serviços a uma empresa privada, por meio de processo licitatório, ou deixá-los a cargo de uma companhia pública estadual. Nesse último caso, os chamados contratos de programa, a maioria no país, não exigem licitação. 

Com isso, companhias estaduais de saneamento e empresas privadas têm hoje um tratamento que não as coloca em pé de igualdade, disparidade histórica que o novo marco regulatório corrige por meio do princípio da concorrência. Isso quer dizer que qualquer empresa, seja pública ou privada, pode prestar os serviços de saneamento, desde que apresente a melhor proposta e ateste que possui capacidade econômico-financeira para cumprir as metas e investimentos estabelecidos em contrato.

“Agora, o município que quiser delegar os serviços precisará abrir um processo licitatório e poderão concorrer tanto empresas privadas quanto companhias estaduais de saneamento”, ressalta Juliana Smirdele. “Isso traz para o setor o aumento da competitividade e, com ela, é mais fácil chegar ao objetivo da universalização. Se o edital for bem desenhado, com metas claras, com previsão de penalidades e, claro, com a atuação do regulador durante esse contrato, incentiva com que haja essa expansão dos serviços de saneamento”, completa.

A especialista da FGV/CERI é taxativa ao reiterar que estatais que já prestam serviço de excelência, como a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), não serão privatizadas ou prejudicadas, uma vez que o marco não obriga a contratação de serviços privados. Sustenta ainda que a única alteração diz respeito à obrigatoriedade de concorrência apenas após possibilidade de prorrogação de contratos em vigor por até 30 anos ou ao final de sua vigência.

Regulação da ANA vai substituir regras estaduais ou municipais?

A existência de cerca de 50 agências reguladoras regionais, estaduais e municipais no país, com processos diferentes de trabalho, torna necessária a federalização de diretrizes para estimular “a livre concorrência, a competitividade, a eficiência e a sustentabilidade econômica”. Por isso, o PL 4.162/19 prevê que o papel da Agência Nacional de Águas (ANA), autarquia vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, será o de editar normas de referência e padrões de qualidade para os serviços de água e esgoto, de gestão do lixo urbano e da drenagem pluvial. 

O objetivo é que haja diretrizes gerais claras, que possam ser compreendidas e acompanhadas por investidores, o que não significa que as agências locais deixarão de estabelecer normas específicas para as regiões de sua jurisdição. Rodnei Iazzetta reforça que a ANA não vai assumir a regulação direta do saneamento, ou seja, as agências já existentes continuarão a regular as operações das empresas em estados e municípios. O que muda é que as normas federais servirão de parâmetro para as empresas públicas e privadas, que terão apoio para formar um corpo técnico qualificado.

“As empresas terão acesso a recursos federais e até mesmo financiamentos. Você começa a planejar um serviço que hoje é municipal, mas agora com amplitude federal. Quando você tem incentivos de aderir a diretrizes federais, tem um ganho de escala muito grande. Em termos de parâmetros regulatórios, essa empresa privada sabe o que tem de cumprir em um município do Sul e outro no Nordeste que ela atende. É um ganho de eficiência muito grande”, acredita.

A partir de um ambiente de negócio favorável, Iazzetta enxerga uma luz no fim do túnel para atingir a universalização em menos de 13 anos, como previsto no Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab).

“Estamos falando de uma série de incentivos, como os blocos de referência com a junção de mais municípios, ou até mesmo os estados se organizarem. Em conjunto, é possível fazer uma concessão mais robusta, com ganho de escala maior e que faz o projeto ficar mais atraente”, acrescenta.

Municípios pequenos serão esquecidos por não serem rentáveis?

A premissa de que a entrada de empresas privadas no setor de saneamento vai deixar de fora municípios menores por serem menos lucrativos é outra narrativa equivocada. Basta observar na nova lei a possiblidade da formação de blocos de referência, ou seja, vários municípios podem se unir e elaborar planos estruturais que podem ser atendidos por uma única empresa. Desse modo, todas as localidades envolvidas em uma mesma licitação terão os serviços prestados pela companhia estadual ou privada que tenha garantido o direito de concessão. 

Para Fernando Marcato, mestre em Direito Público e professor da FGV/SP, essa facilidade de os municípios se organizarem em bloco pode “gerar ganhos em escala”. “A ideia é que, por exemplo, se faça uma concessão privada de vários municípios de uma mesma região. Nesse caso, eu consigo atender mais gente com custos fixos mais baixos. O saneamento tem essa característica, quanto mais gente você atende, em um sistema integrado, mais tende a reduzir os custos da prestação de serviços”, ilustra.

Atualmente, os municípios são impedidos de negociar a concessão de saneamento em conjunto, o que dificulta a prestação dos serviços em locais onde há restrições fiscais e orçamentárias. Rodnei Iazzetta lembra que essa situação é ainda mais grave em cidades menores, que não contam com uma agência reguladora nem conseguem pagar por um Plano Municipal de Saneamento Básico – condição obrigatória para que as prefeituras possam receber recursos federais e aplicá-los em projetos voltados ao setor.

“O PL incentiva a reunião de municípios em blocos de referência em um único contrato. Isso resolverá o problema de inúmeros municípios que são pequenos e que hoje, sozinhos, não atraem a iniciativa privada”, assinala o especialista da Lobo de Rizzo.

Com parâmetros claros, mecanismos eficientes que facilitam a ampliação de investimentos e fiscalização atuante, Juliana Smirdele projeta que todos os brasileiros passem a ter acesso a serviços de saneamento básico. 

“O PL é apenas o primeiro passo. Essa maior competitividade não é garantia de que vai haver de fato a expansão e melhora do serviço de saneamento. Para isso, é imprescindível uma regulação adequada e forte, assim como contratos bem construídos e metas bem definidas. Infelizmente não é o que observamos hoje em dia”, opina. 

“Um estudo feito pela FGV/CERI no fim do ano passado mostra que 55% dos contratos entre os municípios e companhias estaduais da região Sudeste não tinham metas bem definidas. Isso é uma realidade no país, contratos com que não tem metas claras e objetivas. Com o novo marco, isso pode finalmente mudar”, considera Juliana.

Fonte: Rádio Mais


PF deflagra operação para desarticular associação criminosa que atuava dentro do IAPEN e no Conselho Penitenciário Estadual

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira 5, a Operação Consilium Fraudis* e Facilitador, para desarticular associação criminosa que atua tanto no Conselho Penitenciário Estadual, na concessão de benefícios irregulares aos condenados, como no Sistema Carcerário, na prática de fraudes
à Previdência Social, no estado do Amapá.


Policiais Federais dão cumprimento a um mandado de prisão temporária contra
servidor público federal, cedido à Secretaria de Segurança do Amapá, principal
articulador da associação criminosa, e oito mandados de busca e apreensão em
Macapá/AP, além do afastamento de um agente penitenciário.

A investigação iniciou após análise de material arrecadado na Operação Alcatraz, deflagrada em fevereiro deste ano.
No decorrer das investigações, apurou-se que a associação criminosa atuava
dentro do Instituto de Administração Penitenciaria do Amapá (IAPEN) e no
Conselho Penitenciário Estadual, cobrando valores para obter a concessão
irregular de benefícios assegurados aos presidiários, no âmbito da execução
penal, como, por exemplo, visitas fora do horário determinado, retirada de
tornozeleiras, concessão de cartão de visita à pessoas sem direito etc.
Além disso, sabe-se que esta associação criminosa possui modus operandi já
identificado, e que por meio da falsificação de atestados de reclusão, consegue
obter benefícios indevidos de auxílio-reclusão, junto ao Instituto Nacional de
Seguro Social (INSS). A abordagem de hoje também visa identificar novos
envolvidos nesta fraude.
Do apurado até o momento, o principal articulador da operação obteve quase R$
31 mil em proveito da associação criminosa.
No mesmo dia, também foi deflagrada Operação Rábula, em simultaneidade com
as presentes, visando a melhor instrução das investigações criminais. Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos
crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, advocacia
administrativa, prevaricação imprópria e violação do sigilo funcional, e, se
condenados, poderão cumprir pena de até 18 anos de reclusão.
* Consilium fraudis – é a intenção de lesar o credor. No caso em tela, todos os investigados, atuaram
de forma consciente e voluntária no sentido de solicitar dinheiro para a concessão de benefícios ilegais.

Operação Rábula

 Durante as investigações, apurou-se que um dos investigados, servidor público

federal, cedido à Secretaria de Segurança do Amapá, valendo-se de sua função pública, promove, mediante o recebimento de vantagens indevidas, serviços de
celeridade aos procedimentos de comutação e indulto junto ao Instituto de Administração Penitenciaria do Amapá (IAPEN), intermediação de pedidos de
liberdade, retirada de tornozeleira eletrônica, redução de data base da pena de
custodiados etc.

Ainda, verificou-se que o esquema criminoso conta com a participação de
advogado, que possui papel primordial na negociação com os agentes estatais,
em troca de vantagens pecuniárias indevidas. Restou claro, que ao contratar os
serviços advocatícios do investigado, os apenados confiam que este promova todo
e qualquer tipo de defesa dos seus interesses, sobretudo aquela que recai à
margem da Lei.

No mesmo dia, também foi deflagrada outras duas operações da Polícia Federal,
em simultaneidade com a presente, visando a melhor instrução das investigações
criminais. Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos
crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa e tráfico de influência, e, se condenados, poderão cumprir pena de
até 26 anos de reclusão.

* Rábula – O nome atualmente é atrelado ao advogado que usa de ardis e chicanas para enredar as questões afetas à sua profissão.

Comunicação Social da Polícia Federal no Amapá

 


quarta-feira, 3 de junho de 2020

Coronavírus: Mais de 300 famílias da Comunidade do Ambrósio recebem cestas básicas doadas por instituições

Nesta quarta-feira, 03, 366 famílias da Comunidade do Ambrósio, localizada no município de Santana, foram beneficiadas com cestas básicas, contendo gêneros alimentícios, itens de limpeza e higiene, e, ainda, quatro máscaras de tecido, doadas pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do Amapá. A entrega de itens faz parte de um conjunto de ações que visam minimizar os efeitos da pandemia de Covid-19 no estado. Para isso, as instituições reuniram esforços com a Fundação Banco do Brasil, a BB Seguros, o Banco BV e o Banco do Brasil.

Ao todo, serão entregues 2.650 cestas em nove bairros de Macapá e Santana, até dia 15 de junho. Em cada ação, um grupo de entidades sem fins lucrativos dá suporte no sentido de cadastrar as famílias e fazer a triagem dos atendidos.

A superintendente do SESI e diretora de Operações do SENAI Amapá, Alyne Vieira, destaca que a união é essencial para o combate ao coronavírus e seus impactos sociais. “Dando continuidade às ações de combate aos efeitos da pandemia, o SESI e o SENAI Amapá uniram-se a parceiros, como a Fundação Banco do Brasil e o Ministério Público com o objetivo de prestar assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade social. Por isso, agradeço aos parceiros que nos apoiam nesta iniciativa”, declarou.

“Esperamos que com esta ação, iniciada hoje e que vai se prolongar por mais de uma semana, consigamos fazer a diferença nas comunidades carentes do Amapá e, com isso, proteger e valorizar vidas, que é o nosso bem mais importante”, salientou o representante da Fundação Banco do Brasil, Marcelo Andreola.

Para a seleção da Comunidade do Ambrósio, o Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio da Promotoria de Justiça da Comarca de Santana deu apoio na indicação de famílias que são atendidas por outros projetos sociais desenvolvidos na área e que têm enfrentado dificuldades neste momento.

“Em nome do Projeto Comunidade Restaurativa, agradeço ao SESI e SENAI Amapá e à Fundação Banco do Brasil pela doação. Este momento de isolamento social, em razão da pandemia, tem provocado muita carência entre as pessoas, então essa ação vem para ajudar as pessoas que estão afastadas de seus trabalhos, já que a maioria dos moradores depende de atividades informais”, destacou a promotora de Justiça, Silvia Canela.

A moradora do local, Jamaira Ferreira, comenta que as doações vão contribuir com o sustento das famílias. “Só tenho a agradecer aos parceiros que estão ajudando a comunidade a passar por essa fase. As cestas são de suma importância para a sobrevivência dos moradores, pois muitos são autônomos e neste período não têm como adquirir o seu sustento”, frisou.

Medidas de segurança

Para evitar aglomerações de pessoas nos locais e, especialmente, para que não haja risco de contaminação, tanto para quem recebe quanto para quem vai estar no serviço de entrega, as entidades envolvidas organizam o espaço respeitando as medidas de segurança e proteção e orientam que somente um membro da família, que já está cadastrada, vá receber a cesta básica usando máscara. No local também é aferido a temperatura corporal.

Doações

A Fundação Banco do Brasil continua recebendo doações para apoiar ações de prevenção e combate ao novo coronavírus. Acesse coronavirus.fbb.org.br.

terça-feira, 2 de junho de 2020

PL das Fake News será votado hoje no Senado

Está na pauta da sessão remota do Senado desta terça-feira (2) o Projeto de Lei (PL) 2.630/2020, conhecido como PL das Fake News, que tem por objetivo combater notícias falsas. De autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), o mesmo texto tramita na Câmara dos Deputados assinado pelos deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES).

A proposta foi alvo de muitos ataques nas redes sociais nos últimos dias. O principal argumento de quem é contrário ao projeto é de que ele abre caminho para que as redes sociais virem plataformas de censura. “É um projeto de lei que enfrentou uma intensa campanha de desinformação. As pessoas postaram vídeos e mensagens enlouquecidas, alegando que o projeto promovia a censura e atendia a uma conspiração global comunista. Isso não é verdade”, defendeu o senador Alessandro Vieira.

Mudanças

Após pressão de ativistas de direitos digitais, das próprias plataformas e de parlamentaras que apoiam o governo do presidente Jair Bolsonaro, o texto original foi reformulado e o enfoque à desinformação, retirado. A nova versão apresentada ontem (1), ao relator na Casa, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), que também conduz a CPMI das Fake News, se limita a trazer obrigações para os sites serem mais transparentes e darem ênfase às ferramentas usadas para espalhar notícias falsas. Coronel pode ou não acatar essas modificações.

Inicialmente, o projeto definia desinformação como “conteúdo, em parte ou no todo, inequivocamente falso ou enganoso, passível de verificação, colocado fora de contexto, manipulado ou forjado, com potencial de causar danos individuais ou coletivos, ressalvado o ânimo humorístico ou de paródia”. Além de excluir essa definição, o novo texto também deixou de fora qualquer menção ao combate à desinformação.

Outro trecho do texto original retirado foi o que previa a exclusão de posts que espalhem fake news. Com isso, o PL agora proíbe que redes sociais e aplicativos de mensagem abriguem contas inautênticas: perfis criados para se passar por terceiros. Para isso, o PL instiga que os sites requeiram documentos de identidade e a localização dos usuários. Contas criadas com tom humorístico ou satírico não serão afetados. Antes, o texto classificava como "contas inautênticas" aquelas também usadas para disseminar desinformação; contas automatizadas e redes de distribuição artificial, conhecidos como robôs, que substituem pessoas para distribuir conteúdo em aplicações conectadas.

Segundo o autor da proposta, para viabilizar a votação da matéria, foram excluídos os pontos que não alçaram consenso. Se aprovado, o PL também altera as leis de lavagem de dinheiro e a de organização criminosa. Aqueles que usarem contas inautênticas ou redes de robôs terão a pena aumentada caso sejam membros de alguma organização. A prática ainda será tipificada como ocultação de bens ou lavagem de dinheiro.

Obrigações

A proposta obriga os sites a informarem conteúdos patrocinados: quaisquer peças publicitárias intermediadas pelas próprias plataformas devem ser indicadas. Em relação à propaganda eleitoral irregular, as peças devem ser direcionadas para o Ministério Público Eleitoral tomar providências. De início, o projeto considerava como boas práticas o uso de verificadores de fatos, a rotulagem de conteúdo enganoso, a interrupção imediata de mecanismos de recomendação de conteúdo e o envio de informação verificada para todos os usuários atingidos por uma notícia falsa. Pela nova redação, o tema será tratado por um grupo de trabalho multissetorial, coordenado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br). O grupo teria um ano para apresentar uma proposta que defina o que é “conteúdo desinformativo” e como combatê-lo.

Conteúdo removido

A última versão do PL passou a incluir diretrizes sobre como as redes sociais devem proceder ao remover o conteúdo de algum usuário. A ideia é que elas avisem ao usuário assim que começarem a analisar alguma postagem dele. A notificação deve conter os motivos para a averiguação. As plataformas terão que disponibilizar, por três meses, ferramenta para os usuários contestarem a decisão em caso de sanção ou recorrerem caso não tenham a denúncia aceita. Elas também terão que mostrar o histórico de processos judiciais envolvendo cada conta.

Punições

Quando foi apresentado o PL tinha penas duras, previa até a proibição de atuação no Brasil como penalidade máxima. Agora, a sanção dependerá da gravidade do fato, se a atitude representa uma reincidência e da capacidade econômica do infrator. Os provedores que descumprirem o que prevê o projeto estarão sujeitos à advertência, multa e suspensão temporária das atividades.

Tramitação

O PL das Fake News modifica tanto Marco Civil, de 2014, quanto a Lei Geral de Proteção de Dados, que entra em vigor em agosto. Se aprovado no Senado hoje, o texto segue para a Câmara dos Deputados.

 Fonte: Agência Brasil

"Loirinho" morre em confronto com a PM

Jevan Mendes Ferreira, de 21 anos, conhecido como “Loirinho” procurado por falsa identidade, morreu durante confronto armado com militares do 6º Batalhão da Polícia Militar (6º BPM) na noite de segunda-feira (1º). A troca de tiros aconteceu num ramal rural no distrito do Coração, na Zona Oeste de Macapá.

 

De acordo com a PM, uma equipe estava em patrulhamento pelo área, que fica no entorno da Escola Agrícola da comunidade, quando recebeu denúncia de um morador sobre um foragido que circulava na área portando arma de fogo.

 

Ao seguir pelo ramal, os policiais informaram que “Loirinho” disparou contra a equipe de dentro de uma residência. Os militares entraram na casa e o confronto continuou, sendo o foragido baleado.

O atendimento médico foi acionado, mas Jevan morreu no local. Com ele, os militares apreenderam um revólver.


Moradores do distrito informaram à PM que ele era responsável por roubos ocorridos em propriedades da região. “Loirinho” estava com mandado de prisão em aberto desde o fim de 2019.


Fonte: G1 Amapá


Pesquisa mostra que setor industrial representa aproximadamente 12% do PIB do Amapá

  Para marcar o Dia da Indústria, celebrado nesta terça-feira, 25 de maio, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou pesquisa qu...