quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Cartas na mesa: no Amapá, o PT segue com o PSB rumo à reeleição de Camilo

Em um país como o Brasil, onde ainda sobrevivem grupos políticos cujo único objetivo é a rapinagem do dinheiro público, nem sempre os interesses partidários nacionais conseguem superar as profundas divergências locais e impor alianças políticas impraticáveis, tanto do ponto de vista ideológico como do ético. O Amapá é um exemplo clássico disso.

Como é público, a estratégia prioritária do Partido dos Trabalhadores é reeleger a presidenta Dilma. Para isso, o PT vem construindo alianças partidárias eleitorais para ampliar o seu potencial de votos em todo o país. Na mesma linha, o partido vem tentando adequar os projetos eleitorais estaduais ao projeto partidário nacional. O problema é que isso não é tão simples assim. No Amapá, por exemplo, colocar o PT local junto com o PDT e seus aliados no mesmo palanque é uma missão quase impossível.

Os grupos petistas PT de Luta e de Massas (PTLM) – liderado no Estado pela vice-governadora Dora Nascimento e pelo deputado Joel Banha – e o Movimento PT (MPT) – liderado pelo secretário de Segurança do governo, Marcos Roberto, e pelo vereador por Santana, Zé Roberto – que hoje detêm a maioria na direção partidária estadual local – maioria essa consolidada com a vitória acachapante de Joel Banha para presidente nas últimas eleições do Diretório Estadual realizada no dia 10 de novembro de 2013 – tem trabalhado internamente pela continuidade da aliança PT-PSB. 

Para eles, não existem condições políticas, nem éticas, para realizar alianças eleitorais com partidos cujas lideranças foram pegas cometendo crimes contra o patrimônio público e que deixaram o Estado em uma situação falimentar.
 
"Nós, que construímos essa aliança para tirar o Amapá da situação de extrema dificuldade que se encontrava, temos a responsabilidade perante a sociedade de darmos continuidade a esse projeto que tem desenvolvido o nosso Estado. Todos os esforços nós iremos fazer para impedir o retorno daqueles que saquearam o Amapá", disse Marcos Roberto.
Mesmo para o PT nacional, que tem interesse na aliança nacional com o PDT, não existe consenso sobre essa situação do Amapá. Nas últimas eleições de 2010, os vídeos de Lula pedindo voto para o ex-governador Waldez Góes (PDT) – preso na operação "Mãos Limpas" da Polícia Federal e que era candidato ao Senado – foram usados pelo PSDB na campanha eleitoral e foram decisivos para levar a eleição para o segundo turno. 

 Os petistas temem que a situação se repita e prejudique novamente a reeleição de Dilma.
Pelo andar da carruagem, mesmo que ainda estejam em conversações sobre questões pontuais, PT e PSB já fecharam no principal: no Amapá vão dividir o mesmo palanque em 2014.


(MZ Portal)

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