O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (Obsis)
registrou nessa quarta-feira (6) tremores causados pelo teste feito com a
bomba de hidrogênio na Coreia do Norte. O teste nuclear teve uma
potência equivalente a um terremoto de magnitude 5 na escala Richter,
segundo o chefe do Observatório, Lucas Barros.
A onda sísmica
gerada pela explosão se propaga subterraneamente de modo que pode ser
medida mesmo a grandes distâncias. Localizada no Parque Nacional de
Brasília, a estação sismológica faz parte de um sistema mundial de
detectores desse tipo de explosão em função da existência do tratado
internacional de proibição de testes nucleares.
O Obsis está
preparado para detectar explosões nucleares por meio de tremores
sísmicos, como no caso da Coreia do Norte, e também atmosféricos, por
meio de infrasom.
O que é a bomba H?
A
bomba de Hidrogênio ou termonuclear, conhecida como bomba H, tem uma
potência até mil vezes maior que a bomba atômica. Enquanto a bomba
atômica gera energia a partir da fissão ou divisão de átomos, a versão
de hidrogênio gera energia a partir da fusão ou união de átomos.
Entenda o caso
Nessa
quarta-feira o governo da Coreia do Norte informou ter feito com
sucesso o seu primeiro teste de uma bomba de hidrogênio, que faz parte
de seu programa nuclear. O procedimento foi encomendado pessoalmente
pelo líder norte-coreano Kim Jong-un e ocorre dois dias antes do seu
aniversário.
O país já tinha feito três testes nucleares em 2006,
2009 e 2013, o que lhe valeu sanções da ONU. Após o anúncio do teste de
hoje, detectado por vários centros de atividade sísmica, uma reunião de
emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi convocada
pelos Estados Unidos e Japão.
Feito a portas-fechadas entre os 15
países membros do Conselho de Segurança, a reunião resultou em um
comunicado que “condena veementemente” novos testes na Coreia do Norte e
afirma que “pode implementar novas sanções contra Pyongyang”.
O
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o teste nuclear realizado
pela Coreia do Norte e exigiu por meio de um comunicado que o país
“cesse todas as atividades nucleares”. Para o secretário-geral, o teste é
“profundamente desestabilizador para a segurança regional” e
“gravemente nocivo para os esforços internacionais de não proliferação
[nuclear]”.
(Com informações da Agência Brasil)
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