A escola estadual Almirante
Barroso – uma das mais tradicionais do município de Santana, distante 17 km da
capital – está totalmente abandonada pelo Governo Estado. O mato tomou conta da
área interna da escola. Há falta de carteiras e cadeiras para os alunos
estudarem e as que têm, estão comprometidas e/ou danificadas.
Algumas salas de
aulas estão com goteiras. Já em outras, além deste problema, faltam lâmpadas e
algumas estão queimadas, o que prejudica a iluminação durante o turno da noite.
Sem falar que em muitas delas, não há ventiladores.
A escola carece ainda de reparos
na rede elétrica, já que as tomadas das salas estão todas expostas, colocando
em risco quem frequenta o local. O único bebedouro, apenas duas torneiras
funcionam.
Se não bastassem esses problemas,
a escola está carente de professores das disciplinas de matemática, física, química
e sociologia, sem falar que faltam serventes. Atualmente, duas pessoas contratadas
pelo caixa escolar fazem o serviço de limpeza na escola, o número é reduzido e a
quantidade exigida para a escola, seria no mínimo de 7 pessoas.
Por estes e outros problemas, as
aulas previstas para iniciar na
próxima segunda-feira (17), poderá ser adiada,
caso seja concordado em assembleia entre professores e pais de alunos a ser
realizada no próximo sábado (15), na quadra da escola.
Segundo o professor Aildo Silva, os
problemas da escola são antigo. Por conta disso, em maio do ano passado, a
secretaria de educação do estado, esteve na escola e prometeu resolver a
situação, dando inclusive prazos para que os serviços fossem realizados, porém,
passaram-se dez meses e nada foi feito.
Já a professora Sidiane Sobrinho
disse que a infraestrutura do Almirante Barroso não oferece a mínima condição
de trabalho para o corpo docente e nem para os alunos. A educadora falou ainda que a escola já foi
referência na educação em Santana, sendo destaque no Exame Nacional do Ensino Médio
– Enem. Ela lamentou o fraco desempenho dos alunos em 2013 e atribuiu o
fracasso a falta de motivação dos alunos tendo em vista a situação na qual a escola
se encontra.
Como os problemas vieram ao
conhecimento da sociedade e a noticia de que um protesto deveria acontecer nos próximos
dias, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) enviou um representante para
conversar com os professores.
Jean Paulo Soares – rep. Seed – reconheceu a ida
da secretária no ano passado, e colocou a culpa em questões judiciais
relacionadas à licitação como uma das causas para a demora na reforma da escola
e falou que por conta da atual situação, os serviços deverão acontecer em caráter
de urgência, só não soube informar quando o trabalho deverá iniciar.
Ailton Leite
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