quarta-feira, 2 de abril de 2014

Denúncia contra Waldez provoca reação violenta do Partido da Imprensa Golpista (PIG) do Amapá

PIG do AP abriu fogo contra os procuradores federais, acusando-os de estarem criando fatos políticos negativos a Waldez Góes
Foi só o Ministério Público Federal oferecer a denúncia contra o ex-governador Waldez Góes e mais 11 pessoas que a tropa de choque midiática, aquartelada no Partido da Imprensa Golpista do Amapá (PIG) - sempre pronta a defender os seus interesses políticos e financeiros -, abriu fogo pesado contra os procuradores federais, acusando-os de estarem, propositadamente, criando fatos políticos negativos ao ex-governador em ano eleitoral.

Antes de segunda-feira, 2, os defensores da candidatura de Waldez Góes ao Governo do Estado alardeavam que, até então, o ex-governador não tinha sido denunciado judicialmente pela sua participação no processo originado pela operação "Mãos Limpas" da Polícia Federal. Eles usavam esse argumento como um atestado da alegada inocência de Waldez. Quando finalmente o MPF, após concluir os trâmites processuais, faz a denúncia contra todos os envolvidos na ação criminosa - inclusive o pré-candidato deles -, os bate-paus midiáticos atacam o MPF, tentando desqualificar o trabalho dos procuradores federais.

O interessante é que o PIG argumenta que, por se tratar apenas de uma denúncia, isso pode prejudicar a imagem pública do ex-governador. 

Ouvir essa queixa de um grupo de especialistas em mentir, omitir, difamar, sem a menor preocupação com a ética ou qualquer outra coisa que possa causar constrangimento à consciência, realmente nada poderia ser mais paradoxal. Como diz o ditado popular: "pimenta no olho dos outros é refresco".

O MPF tem de cumprir com o seu dever sem se importar se o acusado é ou não é candidato a cargo eletivo. Aliás, nessa circunstância, o seu trabalho é, até mesmo, muito mais importante. Afinal, os eleitores tem de conhecer o "currículo" dos candidatos.

Até porque, independente da autoria do crime, um fato é inquestionável - e não é negado nem mesmo pelo PIG, que tentou livrar a cara somente de Waldez: ele existiu e desviou cerca de R$ 6 milhões dos cofres do Estado. Na prática, isso significa que alguns poucos usufruíram do dinheiro público para se refastelarem, enquanto o restante da população era privado do direito à segurança pública e a uma educação de qualidade.

MZ Portal

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