PIG do AP abriu fogo contra os procuradores federais, acusando-os de estarem criando fatos políticos negativos a Waldez Góes |
Foi só o Ministério Público Federal oferecer a denúncia contra o ex-governador Waldez Góes e mais 11 pessoas
que a tropa de choque midiática, aquartelada no Partido da Imprensa
Golpista do Amapá (PIG) - sempre pronta a defender os seus interesses
políticos e financeiros -, abriu fogo pesado contra os procuradores
federais, acusando-os de estarem, propositadamente, criando fatos
políticos negativos ao ex-governador em ano eleitoral.
Antes de segunda-feira, 2, os defensores da candidatura de Waldez
Góes ao Governo do Estado alardeavam que, até então, o ex-governador não
tinha sido denunciado judicialmente pela sua participação no processo
originado pela operação "Mãos Limpas" da Polícia Federal. Eles usavam
esse argumento como um atestado da alegada inocência de Waldez. Quando
finalmente o MPF, após concluir os trâmites processuais, faz a denúncia
contra todos os envolvidos na ação criminosa - inclusive o pré-candidato
deles -, os bate-paus midiáticos atacam o MPF, tentando desqualificar o
trabalho dos procuradores federais.
O interessante é que o PIG argumenta que, por se tratar apenas de uma
denúncia, isso pode prejudicar a imagem pública do ex-governador.
Ouvir
essa queixa de um grupo de especialistas em mentir, omitir, difamar,
sem a menor preocupação com a ética ou qualquer outra coisa que possa
causar constrangimento à consciência, realmente nada poderia ser mais
paradoxal. Como diz o ditado popular: "pimenta no olho dos outros é
refresco".
O MPF tem de cumprir com o seu dever sem se importar se o acusado é
ou não é candidato a cargo eletivo. Aliás, nessa circunstância, o seu
trabalho é, até mesmo, muito mais importante. Afinal, os eleitores tem
de conhecer o "currículo" dos candidatos.
Até porque, independente da autoria do crime, um fato é
inquestionável - e não é negado nem mesmo pelo PIG, que tentou livrar a
cara somente de Waldez: ele existiu e desviou cerca de R$ 6 milhões dos
cofres do Estado. Na prática, isso significa que alguns poucos
usufruíram do dinheiro público para se refastelarem, enquanto o restante
da população era privado do direito à segurança pública e a uma
educação de qualidade.
MZ Portal
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