A menos
de cinco meses das eleições um esquema de fraude em licitação estoura no
Amapá. Um esquema que atinge os principais partidos políticos e coloca
em evidência os processos licitatórios realizados pelo governo do
Estado.
O
assunto surgiu após o empresário Luciano Marba, dono da empresa LMS, que
presta serviço de vigilância à Secretaria de Educação do Amapá (Seed),
aparecer em vídeos entregando dinheiro à pessoas com influência para
manipular licitações.
Os
vídeos foram divulgados pelo programa Fantástico, da Rede Globo, no
domingo, 11. Ocasião em que o empresário afirmou que foi vítima de
extorsão por parte dos responsáveis pelos processos licitatórios da
Secretaria Estadual de Educação.
“O MP afirma que em nenhum momento o
empresário foi vítima nesse caso. Mas teve participação ativa em todo o
processo de corrupção”, disse o promotor Afonso Guimarães.
Já com
relação à citação do nome da primeira-dama do Estado, Cláudia
Capiberibe, como participante do esquema, o MP afirma que não tem nenhum
indício que comprove a participação dela.
“O nome da primeira-dama foi
citado nos vídeos, mas não temos provas sobre a participação dela no
esquema. Não estamos negando que houve a citação do nome dela, o que
estamos dizendo é que não há nada nas investigações que comprove essa
participação”, acrescentou Afonso.
Para o
Ministério Público, o fato das denúncias terem sido ofertadas cinco
meses antes das eleições não tem nenhum cunho político. “A nossa demora
em ofertar a denúncia foi para aguardar o fim das investigações. Para
que pudéssemos ofertar a denúncia com os laudos dos peritos concluídos”,
acrescentou o promotor Adalto Barbosa.
Agora a
denúncia será ofertada ao Tribunal de Justiça e ao Tribunal de Contas,
que devem proceder com o processo de criminalização das provas e
julgamento do esquema de fraudes em licitações.
Seles Nafes
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