sábado, 3 de maio de 2014

“Não colocaram um prego numa barra de sabão”


 :
 Do alto dos seus 84 anos, 60 deles dedicados à vida política, o senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB) alfinetou ao seu estilo próprio, e sem citar nomes, seu principal desafeto político no Amapá, o senador Randolfe Rodrigues (Psol); “Esses que dizem isso, nunca fizeram nada para o estado. 

É só perguntar: ‘E você, o que fez pelo Amapá?’ Ora, eles não colocaram um prego numa barra de sabão. Eu levei três hidrelétricas para o estado, levei o Linhão de Tucuruí, o porto, criei a área de livre comércio, criei a ZF Verde. 
Então, fiz a minha parte, como um político federal", listou Sarney; Randolfe, que é presidenciável pelo Psol, promete dar ao povo brasileiro a primeira oportunidade em 50 anos de alocar José Sarney na oposição ao governo federal; será?

Sem citar nomes, o senador José Sarney (PMDB-AP) bateu duro no seu principal desafeto político no Amapá, o senador e presidenciável Randolfe Rodrigues (Psol). Segundo o jornal Diário do Amapá, em entrevista ao jornalista Luiz Melo, o senador respondeu as críticas de que poderia ter feito muito mais para o Amapá.
“Esses que dizem isso, nunca fizeram nada para o estado. É só perguntar: ‘E você, o que fez pelo Amapá?’ Ora, eles não colocaram um prego numa barra de sabão. Eu levei três hidrelétricas para o estado, levei o Linhão de Tucuruí, o porto, criei a área de livre comércio, criei a ZF Verde. Então, fiz a minha parte, como um político federal. Resta agora ao governo estadual criar fábricas”, alfinetou (leia aqui).

Entre as suas realizações como senador pelo Amapá, Sarney ainda citou as pontes sobre os rios Oiapoque e Jari. Sobre essa última obra, ele afirmou que conseguiu mandar dinheiro três vezes para a construção, mas o dinheiro sumiu e a ponte não aconteceu.

Onde tem condições de falar, o senador do Psol não tem poupado críticas ao seu colega de Senado José Sarney.  “A gente quer dar ao povo brasileiro a oportunidade de, pela primeira vez em 50 anos, ter uma governabilidade sem José Sarney e Paulo Maluf. Ou melhor, já imaginou a possibilidade do povo brasileiro ver Sarney e Maluf na oposição ao governo federal? Só nós podemos oferecer isso ao povo brasileiro”, disse Randolfe durante evento que lançou sua candidatura a presidente, em São Paulo.

Segundo o Diário do Amapá, sobre os benefícios que já trouxe ao Amapá, José Sarney explicou que a área de livre comércio é a única coisa que sustenta as cidades de Macapá e Santana, iniciativa que deu progresso ao comércio das duas cidades. “Não há um amapaense que não seja beneficiado, porque tudo o que ele compra significa 25% de isenção de impostos, o que não acontece no resto do país”, disse, alertando que a classe política e o empresariado devem ficar alertas para que o livre comércio aqui praticado não acabe, o que é um alto interesse do estado do Amazonas.

O ex-presidente da República e do Senado observou que para que grandes empresas e fábricas entrem no Amapá é preciso que elas acreditem no governo do estado. “Por enquanto, não tem ninguém que se esforce para investir no Amapá, porque o capital não tem confiança no governo, não tem ambiente seguro para investimentos”, disse.

Sobre a Zona Franca Verde, que por enquanto está só no papel, o senador José Sarney assevera que o projeto não se materializa porque o Executivo estadual e a classe produtora amapaenses não se mobilizam. “A ZFV precisa do apoio do governo federal e da crença no capitalismo. Então, é preciso que por aqui o governo e a iniciativa privada acreditem no projeto, e busquem essa ajuda”, disse o ex-presidente.

Amapá do 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisa mostra que setor industrial representa aproximadamente 12% do PIB do Amapá

  Para marcar o Dia da Indústria, celebrado nesta terça-feira, 25 de maio, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou pesquisa qu...