Do alto dos seus 84 anos, 60 deles dedicados à vida política, o senador e
ex-presidente da República José Sarney (PMDB) alfinetou ao seu estilo
próprio, e sem citar nomes, seu principal desafeto político no Amapá, o
senador Randolfe Rodrigues (Psol); “Esses que dizem isso, nunca fizeram
nada para o estado.
É só perguntar: ‘E você, o que fez pelo Amapá?’ Ora,
eles não colocaram um prego numa barra de sabão. Eu levei três
hidrelétricas para o estado, levei o Linhão de Tucuruí, o porto, criei a
área de livre comércio, criei a ZF Verde.
Então, fiz a minha parte,
como um político federal", listou Sarney; Randolfe, que é presidenciável
pelo Psol, promete dar ao povo brasileiro a primeira oportunidade em 50
anos de alocar José Sarney na oposição ao governo federal; será?
Sem citar nomes, o senador José Sarney (PMDB-AP) bateu duro no seu
principal desafeto político no Amapá, o senador e presidenciável
Randolfe Rodrigues (Psol). Segundo o jornal Diário do Amapá, em
entrevista ao jornalista Luiz Melo, o senador respondeu as críticas de
que poderia ter feito muito mais para o Amapá.
“Esses que dizem isso, nunca fizeram nada para o estado. É só
perguntar: ‘E você, o que fez pelo Amapá?’ Ora, eles não colocaram um
prego numa barra de sabão. Eu levei três hidrelétricas para o estado,
levei o Linhão de Tucuruí, o porto, criei a área de livre comércio,
criei a ZF Verde. Então, fiz a minha parte, como um político federal.
Resta agora ao governo estadual criar fábricas”, alfinetou (leia aqui).
Entre as suas realizações como senador pelo Amapá, Sarney ainda citou
as pontes sobre os rios Oiapoque e Jari. Sobre essa última obra, ele
afirmou que conseguiu mandar dinheiro três vezes para a construção, mas o
dinheiro sumiu e a ponte não aconteceu.
Onde tem condições de falar, o senador do Psol não tem poupado
críticas ao seu colega de Senado José Sarney. “A gente quer dar ao povo
brasileiro a oportunidade de, pela primeira vez em 50 anos, ter uma
governabilidade sem José Sarney e Paulo Maluf. Ou melhor, já imaginou a
possibilidade do povo brasileiro ver Sarney e Maluf na oposição ao
governo federal? Só nós podemos oferecer isso ao povo brasileiro”, disse
Randolfe durante evento que lançou sua candidatura a presidente, em São
Paulo.
Segundo o Diário do Amapá, sobre os benefícios que já trouxe ao
Amapá, José Sarney explicou que a área de livre comércio é a única coisa
que sustenta as cidades de Macapá e Santana, iniciativa que deu
progresso ao comércio das duas cidades. “Não há um amapaense que não
seja beneficiado, porque tudo o que ele compra significa 25% de isenção
de impostos, o que não acontece no resto do país”, disse, alertando que a
classe política e o empresariado devem ficar alertas para que o livre
comércio aqui praticado não acabe, o que é um alto interesse do estado
do Amazonas.
O ex-presidente da República e do Senado observou que para que
grandes empresas e fábricas entrem no Amapá é preciso que elas acreditem
no governo do estado. “Por enquanto, não tem ninguém que se esforce
para investir no Amapá, porque o capital não tem confiança no governo,
não tem ambiente seguro para investimentos”, disse.
Sobre a Zona Franca Verde, que por enquanto está só no papel, o
senador José Sarney assevera que o projeto não se materializa porque o
Executivo estadual e a classe produtora amapaenses não se mobilizam. “A
ZFV precisa do apoio do governo federal e da crença no capitalismo.
Então, é preciso que por aqui o governo e a iniciativa privada acreditem
no projeto, e busquem essa ajuda”, disse o ex-presidente.
Amapá do 247
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