O secretário especial da Saúde Indígena, Antônio Alves, representando
o ministro da Saúde, Arthur Chioro, participou nesta quinta-feira, 24,
de um seminário de avaliação do programa Mais Médicos no Amapá. Alves
relatou que o evento teve como objetivo avaliar os avanços alcançados e
os desafios a serem superados desde a implantação do programa Mais
Médicos no Brasil, no dia 8 de julho do ano passado. "É importante
ouvirmos os secretários estaduais e municipais de Saúde, os prefeitos e,
principalmente, os médicos que integram o programa para fazermos uma
avaliação mais completa", pontuou.
O Amapá conta com 127 profissionais integrantes do programa Mais
Médicos distribuídos nos 16 municípios com um impacto no atendimento de
438 mil pessoas em todo o Estado, de acordo com dados do Ministério da
Saúde. A capital, Macapá, recebeu 56 médicos, 54 estrangeiros e dois
brasileiros. O impacto no atendimento preventivo na atenção primária é
de 193 mil pessoas para esse quantitativo de médicos.
O reflexo positivo da boa atuação dos médicos do programa, no Amapá,
está ainda na sua alta produtividade em um ano. Em março de 2013, a
quantidade de consultas de demanda agendada subiu de 539 para 2.310, com
percentual de aumento de 328,6%; os atendimentos de diabetes subiram de
205 para 380 no mesmo período, com aumento percentual de 85,4%; e a
quantidade de atendimento de hipertensão arterial foi de 617 para 991,
com percentual de 60,6%.
A Secretaria de Estado da Saúde avaliou que a redução de quase 50%
nos atendimentos ambulatórias no Hospital de Laranjal do Jari é reflexo
claro dos primeiros resultados das ações desenvolvidas pelo município
com o reforço dos seis médicos cubanos que aquela cidade ganhou. Os
números apontam que, de janeiro a março de 2013, foram realizados 1.174
mil atendimentos ambulatoriais, enquanto que neste ano, no mesmo
período, caíram para 593.
O médico cubano Aliesky Chaniano Consuegra, que atua em
Tartarugalzinho, ressaltou que está muito satisfeito com o seu trabalho.
Para ele, a infraestrutura do município é boa. As doenças mais
prevalentes, conforme citou, são malária, leishmaniose, doenças
sexualmente transmissíveis e problemas de gravidez na adolescência.
Na opinião de outro cubano, o médico Noel Dusac Tamajo, que trabalha
em Oiapoque há sete meses, enquanto profissional da área ele tem
contribuído para a melhoria do atendimento naquela região, inclusive nas
aldeias indígenas. Noel diz que Oiapoque conta com 12 médicos, sete
cubanos e seis brasileiros, o reflexo disso foi a melhoria no
atendimento de média e alta complexidade no hospital.
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