Ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini é indicado
como o nome forte do governo para assumir a pasta das Comunicações e,
assim, enfrentar o projeto de regulação da mídia; ele tem usado o
Twitter para criticar a TV Globo e também a postura editorial da Veja;
em entrevista à TV Brasil, o ministro disse que "há a preocupação em
propiciar um sistema que não concentre poder e que permita ao cidadão se
defender"; "Não acho que a regulamentação dos meios de comunicação seja
esquerdista. Acho que é democrática"
Atual ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini é cotado
como o nome forte do governo para assumir a pasta das Comunicações e,
assim, enfrentar o projeto de regulação da mídia.
Recentemente, ele tem usado o Twitter para criticar a TV Globo. No
sábado, reproduziu textos que chamavam a emissora de "lixo" e pediam CPI
para investigá-la. No mês passado, ele também acusou a Veja de tentar
encobrir o ‘aécioporto’.
A medida é uma demanda antiga da ala de Rui Falcão e de Franklin
Martins no PT, mas vem sendo postergada pelo governo Dilma. Ontem, no
entanto, em entrevista ao SBT, a presidente reeleita indicou que irá
implementar a questão: "Sou de uma época que vivi sob a ditadura e sei o
valor da liberdade. Mas como setor econômico, porque a mídia não é só
setor cultural, vamos discutir uma regulação, mas antes de fazer vamos
discutir muito", afirmou; ela também comentou a capa da revista Veja,
divulgada quatro dias antes das eleições que a acusava de saber tudo o
que ocorria no esquema de corrupção dentro da Petrobras; "Eu mesma fui
vítima de um vazamento seletivo estranhíssimo nos últimos dias da minha
campanha", disse.
Também em entrevista à TV Brasil, o ministro disse que "há a
preocupação em propiciar um sistema que não concentre poder e que
permita ao cidadão se defender"; "Não acho que a regulamentação dos
meios de comunicação seja esquerdista. Acho que é democrática".
Leia aqui reportagem de Mariana Tokarnia, da Agência Brasi O ministro das Relações Institucionais, Ricardo
Berzoini, disse nessa terça-feira (28), ao participar do programa Espaço
Público, da TV Brasil, que a intenção do governo não é buscar uma
homogeneidade de opiniões, mas sim, o diálogo na heterogeneidade. "O
enfrentamento existe e é normal na democracia. Mas temos que cuidar que
esse enfrentamento seja no patamar do diálogo e da construção política.
Não podemos ir para um enfrentamento para nada".
Sobre o diálogo com o Parlamento, agora composto por 28 partidos, e
com uma base heterogênea, que representa quase 60% do Congresso
Nacional, o ministro disse que os ministérios e até mesmo a presidenta
Dilma Rousseff devem reservar tempo na agenda para atender aos
parlamentares. "Não há motivo para não fazermos esse relacionamento".
O
ministro também ressaltou que a priori o PT não deve desistir da disputa
pela presidência nem da Câmara nem do Senado e que "está aberto ao
diálogo com todos os partidos de forma a compor uma mesa que ajude no
diálogo".
Perguntado sobre a divisão da população no pleito eleitoral, ministro
disse que "uma divisão do ponto de vista eleitoral não significa uma
divisão do país. O país tem muitas correntes de opinião". E acrescentou:
"A simplificação é cabível, mas quem conhece o Brasil e sua
complexidade regional, econômica, cultural, sabe que as coisas não são
assim".
O ministro reforçou o que tem sido dito pela presidenta Dilma e por
especialistas de que será necessária a participação popular para que se
possa fazer uma reforma política. De acordo com ele, é preciso definir
qual a reforma que se quer fazer e repercuti-la na sociedade.
"Não acredito em reforma política com profundidade que venha do
Congresso ou do Executivo para o Congresso. Se não repercutirmos isso na
sociedade ela não existirá. Temos que fazer muitas consultas que
permitam valorizar a democracia participativa e representativa", disse.
O ministro também falou sobre a questão do fator previdenciário.
Segundo ele, existe disposição da presidenta em retomar a discussão
sobre o tema, "que chegou a avançar, e chegou a algo próximo a um
acordo". Uma das propostas é uma variante do cálculo que libere do fator
aqueles que tiverem soma da idade com o tempo de contribuição: 85 para
as mulheres e 95 para os homens.
Sobre a conduta do governo em relação aos meios de comunicação,
principalmente após os problemas enfrentados durante as eleições com a
revista Veja, o ministro disse que "há a preocupação em propiciar um
sistema que não concentre poder e que permita ao cidadão se defender",
ressaktou."Não acho que a regulamentação dos meios de comunicação seja
esquerdista. Acho que é democrática", acrescentou.
O programa Espaço Público vai ao ar todas as terças-feiras, às 22h,
na TV Brasil. É apresentado pelos jornalistas Paulo Moreira Leite e
Florestan Fernandes Júnior. Na edição dessa terça-feira, contou com a
presença da jornalista Denise Rothenburg, do Correio Braziliense.
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