O IBGE ficou três meses sem
divulgar os dados da pesquisa devido à greve de servidores. Em agosto,
nível de desocupação era de 5%
A taxa de desemprego brasileira fechou setembro em 4,9%, pouco abaixo do nível de desocupação visto em agosto, de 5%. Esta é a menor taxa para meses de setembro desde o início da série histórica, em 2002. Em setembro de 2013, a taxa estava em 5,4%. Analistas ouvidos pela agência Reuters esperavam que a taxa de desemprego atingisse 5,1% em setembro na mediana de 29 projeções, que foram de 4,9 a 5,3%.
A migração de pessoas para a inatividade ajudou na queda do
indicador. Na comparação com setembro do ano passado, o número de
inativos subiu 3,7%, o equivalente a 690 mil pessoas a mais na
inatividade. São inativas as pessoas que não tinham trabalho e não
tomaram nenhuma providência para encontrá-lo na semana anterior à da
pesquisa.
O IBGE divulgou neste ano três pesquisas seguidas com dados
incompletos devido à greve de servidores. A paralisação durou 79 dias e
terminou apenas em meados de agosto. Com o atraso na coleta e apuração
das informações referentes às regiões de Porto Alegre e Salvador, a
publicação só foi normalizada na PME divulgada mês passado. O IBGE
trabalha para substituir a PME pela Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, mais abrangente.
A população desocupada somou 1,2 milhão de pessoas em setembro,
praticamente a mesma de agosto, mas 10,9% menor do que a vista um ano
antes. Já o contingente de ocupados (23,1 milhões de pessoas) manteve-se
estável na comparação mensal e anual. Os desocupados incluem tanto os
empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma
chance no mercado de trabalho. O número de trabalhadores com carteira de
trabalho assinada no setor privado (11,7 milhões) também mostrou
estabilidade em ambas as comparações.
Salário - Segundo o IBGE, o rendimento médio real
habitual dos trabalhadores passou de 2.064,82 reais em agosto
para 2.067,10 reais em setembro. No nono mês de 2013, o salário médio
era de 2.035,62 reais - 1,5% menor do que em 2014.
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