segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Trânsito já matou 108 pessoas em 2014 no Amapá

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Apesar de todas as operações e o reforço do policiamento nas ruas para fazer valer o cumprimento de Lei Seca, o número de mortos no trânsito no Amapá só aumenta. Entre 1º de janeiro e 20 de novembro deste ano foram registradas 108 mortes violentas, tanto na capital, quanto nos demais municípios.

“O aparelho de defesa do Estado tem cumprido seu papel. Recentemente foi criado o Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRE) para atuar nas rodovias estaduais. O que vemos nas blitz e abordagens que foram reforçadas, é o número absurdo de pessoas dirigindo sob efeito de álcool, e, na maioria dos casos, também sem habilitação. Aliado a isso está o excesso de velocidade. São fatores que somados resultam em acidentes graves, quase sempre, com mortes”, disse o comandante do BPRE, capitão Marques.

A fala do comandante é o retrato atual do trânsito. “Não adianta colocar centenas de policiais nas ruas se os motoristas não se conscientizarem que eles têm em mãos uma máquina. O carro só tem utilidade quando é para o fim a que se destina. Porém, para muitos o veículo se torna uma ‘máquina de guerra’, dentro da qual se mata, ou se morre”, disse o motorista Aberlado Santos Silva, 48 anos, que há três anos perdeu um filho em acidente.

“Ele [filho] voltava da faculdade de moto quando um elemento embriagado avançou a preferencial na Padre Júlio com a Hildemar Maia e pegou minha ‘criança’ em cheio. Meu filho ficou internado oito dias, mas não resistiu e morreu. Esse assassino – que é filhinho de papai - ainda teve a cara de pau de olhar nos meus olhos na delegacia e dizer que o meu menino levou a pior por estar numa moto velha. Pode isso? O cara embriagado ao volante, matou, foi preso e em seguida liberado. Que país é esse meu Deus?”, questiono o pai.
POLICIA4-ACIDENTE01
Do total de 108 mortes no trânsito até agora, 32 delas ocorreram em Macapá. Outras 11 foram registradas em Santana, 11 na BR-156, 8 na rodovia JK, 6 na AP-070 e as demais nos outros municípios e rodovias. No mesmo período do ano passado haviam sido registradas 101 mortes. 

(Com informações de João Bolero Neto: www.joaoboleroneto.blogspot.com)

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