Desde que foram ameaçados de não receberem as faturas pela equipe de
transição do governador eleito Waldez Góes (PDT), empresários que
fornecem medicamentos a Secretaria de Saúde do Governo do Estado (Sesa)
suspenderam a entrega para os hospitais da rede pública.
O impacto da decisão vem afetando diretamente a população que
procura por atendimento nos hospitais, principalmente no Hospital de
Emergência onde várias cirurgias foram canceladas na última sexta-feira
(26). Pacientes foram dispensados na porta do Centro Cirúrgico após
receberem aviso por parte de médicos e enfermeiros de que não havia
material para a realização das cirurgias. Segundo alguns enfermeiros até
mesmo material básico para atendimento simples já estariam faltando.
De acordo com os próprios empresários, durante reunião realizada no
dia 28 de novembro, membros da equipe de transição do próximo governo
teriam orientado as empresas prestadores de serviços e fornecedoras de
medicamentos da Sesa para não entregarem nenhum produto contratado pelo
órgão até o dia 2 de janeiro, sob pena de não receberem o pagamento
devido.
A situação foi comunicada ao promotor André Luiz Dias Araújo, titular
da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública de Macapá que
recomendou aos fornecedores "que não interrompam o fornecimento dos
serviços e produtos essenciais ao funcionamento das unidades de saúde,
com o fim de evitar prejuízos aos usuários do SUS".
Mesmo com a recomendação do MP as empresas não estão entregando
medicamentos em razão da sofrida. “Temos ciência do sofrimento da
população, porém não tem como ficar sem receber” disse um empresário ao
Amapá247.
Domiciano Gomes do Amapá 247
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