A Coordenadoria Estadual de Vigilância em Saúde realizará no período
de 23 a 27 de março a campanha População Prisional Livre da Tuberculose,
no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN). A
programação fará alusão ao dia 24 de março, Dia Mundial de Combate à
Tuberculose, e incluirá palestras e informações com cartilhas
explicativas sobre a doença aos funcionários e familiares dos detentos.
"A população privada de liberdade é uma das mais acometidas pela
doença, em decorrência das condições em que se encontram: num espaço
fechado, em sua maioria com número excessivo de pessoas, facilitando a
disseminação do bacilo", avalia Rosângela Gurjão, responsável técnica
pelo Grupo de Controle da Hanseníase e Tuberculose.
As palestras servirão de auxílio aos familiares e funcionários para
que possam identificar os detentos que apresentem os sintomas como:
tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, cansaço excessivo,
febre, suor, rouquidão, falta de apetite e emagrecimento acentuado. A
conscientização é necessária pois o número de pacientes com tuberculose
no Iapen está abaixo do previsto pela Secretaria de Estado da Saúde
(Sesa). Ou seja, há vários casos existentes que ainda não foram
diagnosticados.
"A tuberculose é uma doença milenar, porém infelizmente ainda há
muitos casos no mundo. Até conseguimos fazer o diagnóstico precoce, mas
como o tratamento é longo, muitos pacientes desistem", diz Rosângela,
ressaltando que o tratamento é composto por duas etapas em seis meses.
Há dois tipos de exames para detectar a tuberculose: a baciloscopia
de escarro, e o teste rápido molecular da tuberculose, o qual é mais
especifico e é realizado no Centro de Referência de Doenças Tropicais
(CRDT). Ano passado, no Estado, foram notificados 172 pessoas acometidas
da doença, e neste ano, até agora, 15 casos novos foram registrados.
Em outra etapa da campanha, nos meses de maio e junho, os detentos serão submetidos à coleta para diagnóstico.
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