Mais de 30 empresas que prestaram serviços para a mineradora Zamin Ferrous, em Santana, a 17 quilômetros de Macapá,
 encerraram as atividades por falta de pagamento dos contratos, segundo 
disseram os próprios empresários à Rede Amazônica no Amapá. Eles afirmam
 que altos valores foram investidos para a instalação das atividades na 
região.
Os empresários dizem que, com a situação, diversas dívidas foram 
geradas e, por isso, eles tiveram contas bancárias bloqueadas e bens 
apreendidos pela Justiça do Amapá. Segundo eles, a situação ocorre desde 2013, cinco meses depois de a Zamin ter comprado as ações da Anglo Ferrous no Amapá.
 Francisco Soares, proprietário de uma empresa de montagem industrial, 
contou que foi obrigado a demitir cerca de 360 funcionários, porque 
prestou serviços à mineradora, mas não recebeu o pagamento, apesar de 
ter uma decisão judicial favorável. 
 "Investi alto para trabalhar para a mineradora, mas perdi tudo porque 
não fui pago. Então tive que fechar a empresa e demitir os funcionários.
 Um prejuízo enorme, mesmo que eu tenha sido favorecido na Justiça, a 
empresa simplesmente não pagou", reclamou.
 O empresário Nadson Valente cobra uma dívida de R$ 2 milhões, e, 
segundo ele, precisou fechar a empresa por não conseguir pagar o salário
 de funcionários.
"O escritório da nossa empresa está abandonado, pois a Anglo, à época, 
exigiu que instalássemos uma grande estrutura e agora a Zamin não arcou 
com a responsabilidade de nos pagar", lamentou.
 Por causa da situação, os empresários procuraram o Sindicato da Indústria da Construção Civil para reclamar o problema.
"Quando a Anglo assumiu o projeto exigiu que os fornecedores locais 
fizessem uma grande estrutura para prestar o grande serviço. Todos os 
empresários fizeram financiamento em banco. Mas dois anos depois, a 
Zamin não pagou todo esse pessoal  e criou este problema", ressaltou o 
presidente do sindicato, Glauco Cei.
O sindicato informou que vai solicitar uma reunião com os responsáveis pela empresa Zamin.
DO G1 AMAPÁ 

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