Para proteger os
olhos do forte sol que atinge a região Norte nesta época do ano, muitas
pessoas usam óculos de sol, entretanto a utilização dos acessórios
falsificados pode gerar grandes prejuízos à visão.
A oftalmologista Lana Matos alerta os
óculos de sol falsificados podem causar desde dor de cabeça e irritação
nos olhos a danos permanentes na retina. “O uso da lente escura faz com
que a pupila dilate e os raios solares UVA e UVB não serão filtrados.
Isso pode causar danos à retina, com o passar do tempo. Entre os danos
os principais estão a retinopatia solar, uma espécie de degeneração na
retina, catarata precoce e dor de cabeça”, explicou a especialista.
Já os óculos de sol com a proteção
correta podem prevenir doenças como o pterígio, também conhecido como
“carne crescida”, uma membrana fibrovascular anormal benigna que cresce
na região da córnea mais próxima do nariz e, em casos mais avançados,
pode crescer ao ponto de cobrir a pupila, podendo prejudicar a visão do
paciente, além de aumentar o grau de miopia ou astigmatismo.
Outras doenças oculares relacionadas à
exposição excessiva ao sol são a catarata e o glaucoma, que também
surgem dependendo de fatores genéticos.
Além disso, no caso dos óculos de grau, a
prescrição incorreta pode piorar problemas oftalmológicos já
existentes. “Usar óculos com a prescrição errada, além de corrigir esse
erro de refração que a pessoa tem, vai fazer com que ela continue a não
enxergar direito e ela terá todos os sintomas decorrentes disso, como
dor de cabeça, sensação de pressão ao redor dos olhos e olhos
vermelhos”, analisa Lana.
A médica ainda reforçou a importância de
procurar um médico oftalmologista e ser submetido a um exame correto.
“Bebês recém-nascidos devem fazer o teste do olhinho assim que nascem
para detectar qualquer problema ou alteração na visão, depois, as
consultas devem acontecer anualmente, assim como no caso dos adultos,
que também devem ir ao oftalmologista uma vez ao ano ou ao notar
qualquer alteração na visão”, finalizou.
Investimentos em oftalmologia
O Setor de Oftalmologia do Hospital de
Clínicas Alberto Lima (Hcal) voltou a realizar exames de alta
complexidade, que estavam suspensos devido à falta de equipamentos. Em
média são realizados mensalmente 850 procedimentos entre consultas e
cirurgias.
O retorno dessas atividades só foi
possível após o reaparelhamento da rede hospitalar iniciado pelo Governo
do Amapá em setembro do ano passado. Os recursos são de emendas
parlamentares e do Tesouro do Estado.
Dentre os equipamentos adquiridos estão:
coluna oftalmológica, que tem por finalidade acomodar e facilitar
posicionamento do paciente para o exame clínico de oftalmologia;
lâmpadas de fenda, instrumento usado por oftalmologistas e
optometristas, para avaliação do meio ocular; e retinógrafo, aparelho
usado para diagnosticar doenças da retina e nervo óptico.
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