Envolvidos no  esquema milionário que resultou em prejuízos aos cofres 
públicos do Estado e na criação da empresa de vigilância LMS, do 
empresário Luciano Marba da Silva, deverão responder na justiça; O 
Ministério Público do Estado (MPE) acaba de denunciar o herdeiro da 
empresa Sanecir, Mario Antonio Marques Fascio, o ex-procurador do 
Estado, Marcos Reategui de Souza, e o ex-secretário de planejamento do 
Estado, Armando Amaral
 De acordo com o MPE eles são os responsáveis pelo pagamento irregular
 de uma divida do Estado com a empresa Sanecir  no valor de R$ 4 
milhões, valor esse dividido entre os denunciados.
As investigações do caso comprovaram que o então secretário de 
planejamento, Armando Amaral, pagou em 2006, através de um acordo 
extrajudicial,  um débito para a Sanecir no valor de R$ 4 milhões. 
Segundo o Ministério Público o acordo realizado para o pagamento da 
divida foi ilegal, pois além de se tratar de precatório, a secretaria de
 planejamento só tinha autonomia para encerrar ações de cobrança no 
valor de R$ 3 milhões.
Além dessa ilegalidade os envolvidos no caso também furaram a fila de
 precatórios para efetuar imediatamente o pagamento do referido débito.
Quanto a participação do ex-procurador do Estado e atual delegado da 
Policia Federal, Marcos Reategui, o Ministério Público diz não ter 
dúvidas da interferência dele no caso em razão da proximidade com os 
donos da empresa. Reategui é irmão do presidente afastado da Assembleia 
Legislativa do Estado, Moisés Souza (PSC).
LMS e Sanecir
Para os procuradores do MPE há uma ligação direta entre o esquema 
envolvendo a empresa Sanecir e a origem da empresa LMS. Em 2007 os 
empresários Luciano Marba e Mario Antonio Marques Fascio fizeram inserir
 em escritura pública declaração falsa de um crédito no valor de R$ 2,5 
milhões para capitalizar a empresa LMS. O crédito repassado pela Sanecir
 a LMS era o mesmo já recibo pelo empresário Mario Antonio Marques 
Fascio, ou seja, não existia mais.
A declaração falsa de crédito fraudou o processo licitatório da 
Secretaria de Estado da Educação (Seed) para contratação de serviços de 
vigilância, beneficiando a LMS. A referida escritura pública foi lavrada
 no cartório Eulália Guimarães, localizado no distrito de Anajás no 
município de Afuá, interior do estado do Pará.
Desde 2007 a LMS vinha prestando serviços a secretaria de educação do
 governo do Estado utilizando, de acordo com o Ministério Público, outra
 práticas criminosas como corrupção de servidores públicos, chantagens e
 interferência nos processos licitatórios através de ações judiciais.
No último dia 15 a justiça decretou a prisão de Luciano Marba, que dede então encontra-se foragido.  
Amapá 247
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