segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Concretagem em pilares de ponte atrasa travessia em rio do Amapá

Durante serviços em pilares, balsas deixam de transportar veículos.Setrap diz que construirá duas novas rampas para utilização das balsas.

Apenas transporte de pessoas é permitido durante concretagem

 A travessia do rio Matapi, em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, passa por alterações desde o início da concretagem dos pilares da ponte que vai ligar os municípios de Mazagão e Santana.  Por questões de segurança e recomendação da Capitania dos Portos, a balsa que faz a travessia deixa de transportar veículos quando a empresa responsável pela obra realiza os serviços nos pilares, segundo informou a Secretaria de Estado do Transporte (Setrap).

No domingo (2), uma balsa que com passageiros chegou a se chocar com a embarcação que fazia os serviços com o concreto, mas sem gravidade. As duas continuaram os serviços normalmente. Os trabalhos nos pilares iniciaram pela manhã e seguiram até as 14h. Apenas pessoas puderam ser transportadas de uma margem à outra do rio. Após a paralisação do serviço os veículos foram liberados para transporte.
No domingo (2) balsas quase se chocaram pela segunda vez (Foto: Abinoan Santiago/G1) 
No domingo (2) balsas quase se chocaram pela segunda vez 
(Foto: Abinoan Santiago/G1)

O problema deverá permanecer até a Setrap terminar a construção de duas novas rampas às margens do rio Matapi, para a balsa não manobrar perto da concreteira.
"O transtorno vai continuar porque a empresa está concretando, e quando ela faz isso, as balsas não podem manobrar perto da obra porque pode acontecer um acidente. Apenas casos de emergência são transportados. Isso vai acontecer durante a construção dos pilares. Mas esse problema deve ser resolvido quando construirmos duas novas rampas até o fim de fevereiro", disse o chefe da divisão fluvial da Setrap José Carlos Nunes.
Uma fila se formou no aguardo da travessia sobre o Rio Matapi (Foto: Abinoan Santiago/G1) 
Uma fila se formou no aguardo da travessia sobre o rio Matapi 
(Foto: Abinoan Santiago/G1)

Segundo a Secretaria de Transportes, não há um horário certo para a empresa realizar a concretagem no rio Matapi. Enquanto ela trabalha nos pilares, filas de veículos se formam às margens do rio aguardando a travessia.
Lucivaldo Silva deixou de visitar a família por causa do problema na travessia (Foto: Abinoan Santiago/G1) 
Lucivaldo Silva disse que deixou de visitar a família
por causa do problema na travess

O problema prejudicou quem desejava se deslocar até Mazagão, a 32 quilômetros de Macapá. O borracheiro Lucivaldo Silva, de 30 anos, disse que deixou de visitar a família por ocasião do problema.
"Eu queria visitar um irmão no Mazagão. Agora vou ter que avisá-lo que não vou mais porque vai ser difícil esperar a empresa terminar a concretagem no rio para a gente poder atravessar. Eu já desisti de esperar", lamentou.
O motorista Rubivaldo Vales, de 39 anos, voltava do trabalho, em Macapá, para casa, no distrito de Anauerapucu, em Santana. "É um transtorno para a gente que vem cansado do trabalho ficar nessa fila. O jeito é esperar porque eu tenho que ir pra casa", reclamou.
 
Ponte
 
As obras de construção da ponte foram iniciadas em 2 de dezembro de 2013. Com o custo de R$ 90 milhões, ela ligará os municípios de Santana e Mazagão, na Rodovia AP-010.  A edificação terá 612 metros de comprimento e será entregue no fim de 2014, segundo prevê o governo do Amapá. Atualmente, no percurso até Mazagão é necessário utilizar uma balsa com capacidade de 6 veículos pequenos para atravessar o rio Matapi.
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Previsão de ponte ficar pronta é para o fim de 2014, segundo governo do Amapá (Foto: Abinoan Santiago/G1) 
Governo do Amapá prevê entregar obra até o fim de fevereiro

O projeto da ponte é composto por 5 vãos de 38 metros. Três ficarão posicionados no lado de Santana e dois em Mazagão. O vão central, que vai permitir navegação embaixo da ponte, tem 50 metros de largura por 25 metros de altura.
Essa é a segunda ponte construída para dar acesso ao município de Mazagão. A primeira foi no rio Vila Nova, inaugurada em 2010. A obra de 420 metros de extensão custou R$ 30 milhões.


Abinoan Santiago

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