Durante serviços em pilares, balsas deixam de transportar veículos.Setrap diz que construirá duas novas rampas para utilização das balsas.
Apenas transporte de pessoas é permitido durante concretagem |
A travessia do rio Matapi, em Santana, a 17 quilômetros de Macapá, passa por alterações desde o início da concretagem dos pilares da ponte que vai ligar os municípios de Mazagão e Santana. Por questões de segurança e recomendação da Capitania dos Portos, a balsa que faz a travessia deixa de transportar veículos quando a empresa responsável pela obra realiza os serviços nos pilares, segundo informou a Secretaria de Estado do Transporte (Setrap).
No domingo (2), uma balsa que com passageiros chegou a se chocar com a
embarcação que fazia os serviços com o concreto, mas sem gravidade. As
duas continuaram os serviços normalmente. Os trabalhos nos pilares
iniciaram pela manhã e seguiram até as 14h. Apenas pessoas puderam ser
transportadas de uma margem à outra do rio. Após a paralisação do
serviço os veículos foram liberados para transporte.
No domingo (2) balsas quase se chocaram pela segunda vez
(Foto: Abinoan Santiago/G1)
O problema deverá permanecer até a Setrap terminar a construção de duas
novas rampas às margens do rio Matapi, para a balsa não manobrar perto
da concreteira.
"O transtorno vai continuar porque a empresa está concretando, e quando
ela faz isso, as balsas não podem manobrar perto da obra porque pode
acontecer um acidente. Apenas casos de emergência são transportados.
Isso vai acontecer durante a construção dos pilares. Mas esse problema
deve ser resolvido quando construirmos duas novas rampas até o fim de
fevereiro", disse o chefe da divisão fluvial da Setrap José Carlos
Nunes.
Uma fila se formou no aguardo da travessia sobre o rio Matapi
(Foto: Abinoan Santiago/G1)
Segundo a Secretaria de Transportes, não há um horário certo para a
empresa realizar a concretagem no rio Matapi. Enquanto ela trabalha nos
pilares, filas de veículos se formam às margens do rio aguardando a
travessia.
Lucivaldo Silva disse que deixou de visitar a família
por causa do problema na travess
por causa do problema na travess
O problema prejudicou quem desejava se deslocar até Mazagão,
a 32 quilômetros de Macapá. O borracheiro Lucivaldo Silva, de 30 anos,
disse que deixou de visitar a família por ocasião do problema.
"Eu queria visitar um irmão no Mazagão. Agora vou ter que avisá-lo que
não vou mais porque vai ser difícil esperar a empresa terminar a
concretagem no rio para a gente poder atravessar. Eu já desisti de
esperar", lamentou.
O motorista Rubivaldo Vales, de 39 anos, voltava do trabalho, em
Macapá, para casa, no distrito de Anauerapucu, em Santana. "É um
transtorno para a gente que vem cansado do trabalho ficar nessa fila. O
jeito é esperar porque eu tenho que ir pra casa", reclamou.
Ponte
As obras de construção da ponte foram iniciadas em 2 de dezembro de 2013.
Com o custo de R$ 90 milhões, ela ligará os municípios de Santana e
Mazagão, na Rodovia AP-010. A edificação terá 612 metros de comprimento
e será entregue no fim de 2014, segundo prevê o governo do Amapá.
Atualmente, no percurso até Mazagão é necessário utilizar uma balsa com
capacidade de 6 veículos pequenos para atravessar o rio Matapi.
Governo do Amapá prevê entregar obra até o fim de fevereiro
O projeto da ponte é composto por 5 vãos de 38 metros. Três ficarão posicionados no lado de Santana
e dois em Mazagão. O vão central, que vai permitir navegação embaixo da
ponte, tem 50 metros de largura por 25 metros de altura.
Essa é a segunda ponte construída para dar acesso ao município de
Mazagão. A primeira foi no rio Vila Nova, inaugurada em 2010. A obra de
420 metros de extensão custou R$ 30 milhões.
Abinoan Santiago
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