domingo, 2 de fevereiro de 2014

Neymar e Barcelona se recusam a mostrar documentos ao Santos

Somente a Justiça pode quebrar cláusula de confidencialidade do acordo estabelecido em 2011
 O Santos aguarda o pai de Neymar apresentar os documentos da transferência do jogador para o Barcelona para saber se tem direito à parte dos 40 milhões de euros (R$ 132 milhões) recebidos pela N&N Consultoria Esportiva e Empresarial Ltda. Mas o estafe do craque e o clube catalão prometem endurecer.

Neymar da Silva Santos e o Barcelona alegam que cláusulas de confidencialidade impedem que detalhes do contrato sejam divulgados. E só o mostrarão para o Santos se forem obrigados pela Justiça.
Vinte e sete dias antes de assinar o primeiro contrato com o Barcelona, em 2011, o pai de Neymar abriu uma empresa para 'agenciamento de profissionais para atividades esportivas, culturais e artísticas, seleção e agenciamento de mão de obra'. A N&N Consultoria Esportiva e Empresarial Ltda. foi constituída no dia 18 de outubro de 2011 e o acordo com o Barça foi firmado em 15 de novembro.

A N&N Consultoria Esportiva e Empresarial Ltda. e outras três empresas em que Neymar da Silva Santos aparece como sócio são alvo de investigação do Ministério Público, que apura se houve irregularidade na venda do craque para o Barcelona. A Procuradoria da República em Santos instaurou procedimento investigatório criminal e requisitou informações à Receita Federal sobre a situação das empresas e da pessoa física do empresário perante o fisco.

A Procuradoria investiga o pai de Neymar desde o ano passado, quando descobriu uma dívida tributária dele com a Receita, mas resolveu ampliar a apuração para as empresas depois que foi divulgado que o Barcelona pagou 40 milhões de euros à N&N. A empresa tem sede em São Vicente e capital de R$ 100 mil, sendo R$ 50 mil do pai do jogador e a outra metade de Nadine 

Gonçalves da Silva Santos, mãe do craque.
Após o acordo com o Barcelona, Neymar da Silva Santos abriu mais duas empresas, que também estão na mira do Ministério Público. Em 27 de outubro de 2011 constituiu no mesmo endereço, em São Vicente, a Neymar Store Ltda. De acordo com registro na Junta Comercial, o objetivo social da empresa é 'comércio atacadista de mercadorias em geral'.

Nessa empresa, aparece como sócio do pai do jogador Carlos Eduardo Mandu Maluf, empresário da dupla sertaneja Maria Cecília e Rodolfo. Lançada com o capital de R$ 10.000, sendo 80% de Neymar da Silva Santos e 20% de Maluf, depois a empresa teve alterado o seu capital para R$ 100 mil, mantida a divisão entre os sócios.

Em 16 de junho de 2012 o pai do jogador ampliou os seus negócios e abriu junto com a esposa a N&N Administração de Bens, Participações e Investimentos Ltda. para gerir alugueis de imóveis. O capital é de R$ 100 mil, divididos igualmente entre ele e Nadine.

Desde 2006, o casal mantém a Neymar Sport e Marketing. Com o nome fantasia NR Sports, a empresa é o carro-chefe da família. É lá que o pai do jogador dá expediente e onde foi definida a transferência do craque para o Barcelona.

Vandalismo

Após a goleada por 5 a 1 sobre o Corinthians na quarta-feira, um grupo de torcedores atacou o carro onde estavam o presidente Odílio Rodrigues Filho e seus familiares para cobrar explicações sobre a venda de Neymar. Os vândalos tentaram quebrar os vidros do veículo, mas não conseguiram.

Nesta quinta-feira, o Comitê de Gestão do clube emitiu nota oficial de repúdio. 'Esse grupo vem, pela internet e por meio de cartazes apócrifos, incitando a violência, ameaçando a integridade física e realizando ataques à honra dos membros do Comitê.'



Do Estadão Conteúdo

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