quarta-feira, 16 de abril de 2014

De fev/2013 a jan/2014 o AP apresentou o maior índice de crescimento no comércio varejista

O expressivo crescimento de 8,5% nas vendas do comércio varejista do país em fevereiro deste ano, comparativamente a fevereiro do ano passado, reflete aumento no volume de vendas em todas as 27 unidades da Federação. O destaque, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou com Alagoas, onde o crescimento das vendas chegou a 18,1%; seguido do Tocantins (16,3%); Maranhão (15,9%); da Bahia (15,7%); e do Acre (15,6%).

No que diz respeito à contribuição para a taxa global, no entanto, a maior influência foi exercida pelo comércio varejista de São Paulo, apesar de a expansão do estado ter sido bem menor (8,5%), vindo em seguida Bahia, Minas Gerais (com crescimento de 7,0%), Rio de Janeiro (5,1%) e Rio Grande do Sul (8,7%). Os resultados com ajuste sazonal (de fevereiro comparado a janeiro deste ano), tiveram alta de 0,2%, mas houve crescimento nas vendas do comércio em apenas 16 dos 27 estados, com as maiores variações positivas ficando com o Amapá (3,8%), seguido do Pará (2,4%), de Mato Grosso (2,1%), do Ceará (1,8%) e de Alagoas (1,5%).

Já as maiores quedas foram registradas no Amazonas (-4,0%); na Paraíba (-2,7%); no Espírito Santo (-2,0%) e no Rio de Janeiro (-1,8%).
O resultado mensal ficou em linha com a expectativa em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters, enquanto a alta anual ficou um pouco acima da mediana de 8,10%. Segundo o IBGE, apenas três das oito atividades pesquisadas no varejo restrito mostraram alta na comparação mensal, com destaque para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (9,0%) e Combustíveis e lubrificantes (1,6%).
Na outra ponta, outras três atividades registraram queda, entre elas 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%). O restante registrou estabilidade nas vendas. O IBGE informou ainda que a receita nominal do varejo registrou avanço de 0,2% em fevereiro sobre janeiro e alta de 13,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Já o volume de vendas no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, registrou queda de 1,6% em fevereiro na comparação mensal, após ter subido 2,8% em janeiro. O comércio varejista brasileiro vem convivendo com cenário de juros e inflação elevados, o que acaba afetando o consumo de forma geral por encarecer as operações de crédito.

Esse cenário afetou a confiança do consumidor no início do ano. Apesar de ter registrado ligeira melhora em março ao interromper três meses de queda, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), ela ainda mostra desânimo em relação ao futuro.

A expectativa geral é de que a economia brasileira, no geral, desacelere o ritmo de expansão neste ano. Após o Produto Interno Bruto (PIB) ter avançado 2,3% em 2013, pesquisa Focus do Banco Central aponta que a expectativa dos economistas consultados é de expansão de 1,65% em 2014.
Confiança
O índice de confiança dos paulistanos em relação ao cenário atual e às perspectivas de desempenho da economia brasileira nos próximos meses caiu 4,4% em abril, em relação ao mês anterior. A confiança recuou para 120,2 pontos, em uma escala que varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

Os dados foram divulgados hoje (15) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Na comparação com abril de 2013, houve recuo de 22,7%. Na época, o índice alcançou 155,6 pontos.

A queda do indicador foi verificada em todas os segmentos (renda, gênero e faixa etária). Na comparação mensal, destacaram-se os grupos de pessoas que ganham a partir de dez salários mínimos (- 8,5%), mulheres (- 6,3%) e pessoas com 35 anos ou mais (- 7,6%). Os mesmos grupos tiveram as maiores quedas na comparação anual: renda de dez salários mínimos ou mais (-25%), mulheres (-24,6%) e idade a partir de 35 anos (24,5%).

O Índice das Condições Econômicas Atuais (Icea) ficou em 126,9 pontos em abril, ou seja, 4,1% menor que os 132,4 pontos de março. Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), que projeta a perspectiva futura, chegou aos 115,8 pontos em abril, um recuo de 4,6% diante dos 121,4 pontos do mês anterior.

Os economistas da Fecomercio acreditam que houve aumento do desânimo e descrédito da população com o andamento da atividade econômica. "Seria motivo para isso a ampliação sistemática nas variações dos índices de preços ao consumidor, sobretudo relacionados a bens de consumo, como os produtos alimentícios. Também contribui para uma menor confiança dos consumidores a contenção do crédito promovida por prazos de pagamento mais curtos e taxas de juros mais elevadas", informa nota da instituição.
 
Correio do Brasil


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