Os três policiais civis
acusados de assaltar famílias ribeirinhas do município de Chaves (PA)
foram reconhecidos oficialmente nesta sexta-feira, 18, por suas vítimas
no Ciosp do Pacoval. Ao todo 14 pessoas deram queixa contra os acusados,
e relataram momentos terríveis vividos nas mãos dos policiais.
Estão
presos os policiais Douglas Volnei de Oliveira, Weslei Macedo do Leite e
Rosilei de Freitas Maués, além de Paulo Sena de Guedes, Paulo Roberto
Letra de Freitas, Dorivaldo Pantoja Borges, Luiz Antonio dos Santos Lima
e Gilvandro de Jesus Teixeira Soares.
Os assaltos estavam sendo praticados na localidade de Aranaguara Grande, uma comunidade marajoara que vive da captura de camarão. A principal sala de espera
do Ciops do Pacoval, para onde os acusados foram levados depois de
passarem a noite no Ciosp do Congós, ficou lotada de vítimas. Alguns
relataram espancamentos, ameaças, cárcere privado.
Outros conseguiram fugir e passaram a noite no meio do mato com medo
que os bandidos voltassem. “Chegaram umas oito horas da noite e já
foram entrando, pegaram o meu esposo e levaram ele lá pra baixo onde
ficam os catraios (barcos de ribeirinhos). Bateram muito nele, até ele
dizer onde estava no nosso dinheiro, R$ 2,5 mil”, contou a pescadora
Sebastiana Furtado.
Uma fonte da Sejusp que acompanhou os depoimentos
relatou que os policiais na verdade tinham como alvo um barco de
contrabando vindo do Suriname. E como o barco acabou não aparecendo
começaram a fazer os assaltos. Todo o material bélico apreendido é da Polícia Civil do Pará, incluindo a lancha que transportava o grupo.
A
corregedora da Polícia Civil, delegada Dinita Costa, que veio acompanhar
o caso não quis dar informações sobre o caso. O Sindicato dos Policiais
Civis do Pará pediu ao sindicato amapaense que acompanhe o caso.
By Redação
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