quarta-feira, 21 de maio de 2014

Deputados manobram para desviar foco




 alap:
 Pegos com a boca na botija, deputados estaduais tramam estratégia para desviar a atenção da opinião pública sobre as acusações de irregularidades no uso de verba pública; Pelo jornal que presta serviços para a Casa, alguns parlamentares anunciaram que iriam convocar a secretária de Inclusão e Mobilização Social e primeira-dama do Estado, Cláudia Camargo Capiberibe, para prestar esclarecimentos a respeito da denúncia do servidor Bruno no processo policial que investiga o suborno de funcionários públicos para aferirem vantagens em contratos com o governo realizado pelo empresário Luciano Marba


 O estranho dessa ameaça de convocação da primeira-dama é que o fato gerador dela não consta de nenhum processo investigativo, nem do Ministério Público nem das polícias Civil ou Federal, ou seja, o que suas excelências querem é desviar o foco da opinião pública sobre os processos nos quais são investigados e, ao mesmo tempo, reforçar a estratégia da defesa dos acusados de corrupção do caso LMS, que tenta fazer de Marba, que responde até por suspeita de homicídio, a vítima da história - diga-se de passagem, uma historinha difícil de engolir. Sintetizando: trata-se de uma vindita política.

Essa estratégia midiática dos deputados foi tramada logo após a deflagração da Campanha pela Redução, pela metade, do orçamento da Assembleia Legislativa, que aconteceu no sábado, 17, na sede do PSB, e que teve o apoio do PT, PCdoB, Psol e Rede de Sustentabilidade.

Segundo fonte que pediu para não ser identificada, foi realizada uma reunião que contou com a participação de vários parlamentares e, lá, o argumento que prevaleceu para a decisão de chamar Cláudia Capiberibe à roda foi que, em ano eleitoral e com o desgaste na opinião pública nas alturas, manter os mesmos recursos financeiros que já recebem é fundamental para a sobrevivência políticas de cada um.

As acusações que pesam sobre os parlamentares são gravíssimas. Com se não bastasse terem verbas de gabinete e diárias de viagem altíssimas, totalmente incompatíveis com as condições financeiras de um Estado pobre, eles ainda fraudavam as prestações de contas a fim de obter o máximo possível dos recursos públicos recebidos, segundo denúncias apontadas pelo MPE. Se escaparem da Justiça, dificilmente escaparão da degola pelo voto popular.

Sérgio Santos do MZ



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