sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Polícia prende duas pessoas por venda de CNHs no DETRAN; um é policial

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Uma investigação iniciada há um ano pelo Núcleo de Operações e Inteligência (NOI) da Polícia Civil, resultou na prisão de duas pessoas na manhã de ontem, 4, acusadas de envolvimento em um esquema de venda de CNHs e retirada de multas do sistema do Departamento Estadual de Trânsito do Amapá (Detran-AP).

De acordo com o delegado César Ávila, que comandou a ação, o cabo da Polícia Militar Ivan Gomes da Silva, e o ex-despachante do Detran, Evaldo Vasconcelos da Silva, tinham acesso livre ao órgão, onde conseguiam a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), sem que o beneficiário fizesse auto-escola ou fosse submetido a exame prático no Detran-AP.

“O cabo da PM já havia trabalhado no Detran e atualmente está lotado no Batalhão de Trânsito. Pelas informações, o segundo elemento preso já teve registro de despachante no órgão. Apesar de não terem vínculo trabalhista no departamento, eles tinham trânsito livre dentro do Detran. Para conseguir os benefícios a terceiros, os dois corrompiam outros servidores que também estão sendo investigados. O que se pode afirmar nesse momento é que muitas pessoas estão diretamente envolvidas nesse esquema”, disse o delegado.
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As investigações iniciaram após uma série de denúncias, inclusive, de pessoas que teriam pago pelas CNHs, mas que não receberam a carteira, o que configura estelionato. Em alguns casos os dois acusados também manipulavam o sistema do Detran para retirar multas. Tudo com pagamento antecipado, conforme as investigações.

O esquema envolve os Detrans de Macapá e Santana. A direção do Detran informou que está colaborando com as investigações, e que repudia qualquer ato criminoso. O chefe de gabinete do órgão, Augusto Medeiros, disse que se comprovar a participação de funcionários, eles serão submetidos à justiça comum e ao procedimento administrativo que pode culminar com a perda da função pública.

A Corregedoria da Polícia Militar, que acompanhou a prisão do policial, acompanha as investigações, e também irá instaurar sindicância para apurar a conduta do cabo.

A polícia investiga a cooptação de servidores públicos que estariam envolvidos no esquema. Os dois homens presos seriam indiciados inicialmente por corrupção ativa e passiva, estelionato, além de outros crimes correlatos.

Fonte: Diário do Amapá

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