Aconteceu, na noite dessa quinta-feira (02),
o último debate dos candidatos à presidência da República, antes do
primeiro turno das eleições, realizado pela TV Globo. Corrupção,
desenvolvimento econômico e a homofobia foram algumas das principais
temáticas discutidas pelos sete candidatos à presidência.
Como ocorreu nos debates anteriores entre os
presidenciáveis, as denúncias de corrupção da Petrobras foi um dos
principais tópicos da noite, gerando até trocas de acusações entre Dilma
Rousseff e Marina Silva com os microfones desligados.
O candidato do PSDB, Aécio Neves, afirmou
que o governo do PT teria entregado a Petrobras “a uma quadrilha”. Aécio
também afirmou que, hoje em dia, a empresa estatal "deixou há muito
tempo as páginas de economia, para ficar nas páginas policiais".
Já a candidata do PSB, Marina Silva, lembrou
que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, faz parte de um
processo de delação premiada, questionando, depois, se houve uma
“demissão premiada” do ex-funcionário.
Em resposta, Dilma Rousseff recordou um caso
de corrupção envolvendo indiretamente a candidata do PSB. "Marina,
vamos colocar os pingos nos is.
O seu diretor, nomeado por você diretor
de fiscalização do Ibama (quando Marina era ministra do Meio Ambiente)
foi afastado no meu governo por crime de desvio de recursos", afirmou
Dilma. "Eu não saí por aí, Marina, dizendo que você conhecia corrupção e
acobertava corrupção”, concluiu a candidata do PT.
No calor da discussão, as duas mantiveram a
discussão mesmo com os microfones desligados. O mediador interferiu e
pediu que as candidatas voltassem aos seus lugares.
O desenvolvimento econômico brasileiro e os
programas sociais como o Bolsa-Família também entraram na discussão
entre os três principais candidatos à presidência. Aécio Neves e Marina
Silva rebateram as acusações de que iriam cancelar o Bolsa-Família, caso
fossem eleitos.
A candidata Dilma Rousseff, em
contrapartida, indagou: "Vocês falam que vão continuar os programas
sociais do governo. Quem é que pode achar que quem nunca fez os
programas vai fazer melhor do que quem os construiu?".
O desenvolvimento econômico do Brasil,
durante a gestão do PT, foi questionado e ironizado por Aécio. Em
reposta, Dilma Rousseff disse: "Fui bem sucedida quando se compara com o
que aconteceu no governo do qual o senhor era líder, que quebrou o país
três vezes", respondeu a candidata à reeleição, fazendo referência às
ajudas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) solicitadas pelo governo
Fernando Henrique Cardoso.
As declarações sobre a união homoafetiva
feitas pelo candidato do PRTB, Levy Fidelix, no último debate eleitoral,
também foram discutidas. A candidata do PSOL, Luciana Genro, afirmou:
“O seu discurso de ódio é o mesmo discurso que os nazistas fizeram
contra os judeus (...) O senhor deveria ter saído daquele debate
algemado, diretamente para a prisão (...) Isso só não ocorreu porque não
temos uma lei que criminalize a homofobia”.
Levy Fidelix respondeu às acusações e disse
que “tentaram atentar contra a moral e os bons constumes através da
minha pessoa. Jamais ofendi ou incitei a homofobia".
Fidelix também acusou Luciana Genro de
incitar o uso de drogas. "Você esteve em Cuba, na Venezuela, posou com a
estátua do Che Guevara. Eu estudei você.(...) Não adianta pintar de
mocinha, pois você está exatamente incitando os jovens a consumir mais
drogas".
(DOL com informações MSN e Terra)
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