ELEIÇÕES NO PARÁ VAI AO 2º TURNO

Governo Disputa foi acirrada até os momentos finais da apuração dos votos no Pará

A decisão sobre quem será o novo governador do Pará ficará para o segundo turno. A apuração foi encerrada pouco antes da meia-noite, dando 1.795.992 votos (49,88%) para o candidato Helder Barbalho (PMDB) e 1.745.442 votos (48,48%) para Simão Jatene (PSDB). Em todo o Estado, o dia de votação encerrou com muitos santinhos espalhados pelas ruas, mais de 100 pessoas detidas por crimes eleitorais e longas filas que prolongaram a votação em alguns locais para além das 17h. As fortes chuvas também dificultaram a transmissão dos dados em vários municípios

da região do Marajó.

Em terceiro lugar na disputa ao Governo ficou o candidato Zé Carlos Lima (PV), com 44.247 votos (1,23%). Em quarto lugar ficou o candidato Elton Braga, com 14.712 votos (0,41%). Porém, esta ordem de votação pode ser alterada caso o candidato Marco Carrera (PSOL) consiga reverter o indeferimento do registro pela Justiça Eleitoral. Ele obteve mais de 60 mil votos, mas estes números não foram contabilizados porque a candidatura dele está sub judice. Na última semana, ele obteve parcial provimento acatado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em uma eleição em que o resultado matemático só pôde ser confirmado às 22h30 horas, quando faltavam apenas 50 urnas a serem totalizadas, chamou atenção o grande número de abstenções no Estado. Foram 4.090.843 votos apurados, com 3.600.393 votos válidos (87,99%), 135.202 nulos (8,71%), e uma abstenção de 1.094.107 (21,10%).

O primeiro município a concluir a votação foi o de Tucumã. Na outra ponta, os últimos municípios a totalizarem os votos foram Capitão Poço, Baião e Portel. Para se ter uma ideia, desde às 23h, a divulgação do resultado estava pendente de apenas 26 

urnas de Capitão Poço.

De acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), apenas 5% dos 459 pontos de transmissão apresentaram problemas no Estado. Dentre estes, os do município de Chaves, por conta das fortes chuvas que caíam no local.

“Mas, de uma maneira geral, a avaliação sobre os pontos de transmissão foi positiva. O maior exemplo disso é que a primeira seção a transmitir os dados foi uma de Jacareacanga, um dos municípios mais remotos do Estado e que conseguiu transmitir os dados rapidamente graças à transmissão via satélite”, afirmou o secretário de Tecnologia da Informação do TRE, Felipe Brito.

Neste primeiro turno, 88 urnas apresentaram problemas na votação e tiveram que ser substituídas por outras de contingência. Mas não houve votação manual em nenhuma das 15, 9 mil seções eleitorais.

Durante a manhã houve falta de energia elétrica nos municípios de Salinópolis, Vizeu, São Félix do Xingu, Curuçá e Vigia. Nestes locais, a consequência mais visível foram as longas filas que se formaram nas seções. Porém, a Justiça Eleitoral assegurou que em nenhum deles a votação chegou a ser interrompida.

Também houve reclamação em relação ao início da votação na escola Jonathas Athias, no conjunto Promorar, em Belém, por conta do extravio de folhas de votação e no encerramento em outras. Nestes casos, a votação foi estendida, em média, por mais 25 a 30 minutos.

Fonte: O Liberal