O
PSB e o PSOL do Amapá rasgaram de vez as suas histórias ao ajudar a
eleger o deputado Davi Alcolumbre (DEM) como senador pelo Amapá no
último dia 05 de outubro. A manobra que culminou com a traição de Dora
Nascimento (PT) consagrou Davi do DEM como substituto da vaga de Sarney.
O
deputado Davi Alcolumbre é um aliado antigo de Sarney e apoiou todas as
eleições do maranhense pelo Amapá. A sua família é detentora de
diversas rádios e TV´s no Amapá e comandam emissoras locais com Band e
SBT.
Davi
Alcolumbre disputava o legado de Sarney com outro apadrinhado político,
Gilvam Borges (PMDB) num verdadeiro duelo de cacique da política
tucuju. Ambos tinham acordos de bastidores com o oligarca maranhense e o
próprio suplente de Gilvam Borges era um primo do deputado Davi
Alcolumbre (Salomãozinho Alcolumbre) que é dono da TV Santana.
A
relação de Sarney com a família Alcolumbre é antiga e o seu suplente de
senador que era um Alcolumbre faleceu anos atrás. A lealdade dos
Alcolumbre com Sarney impedia críticas de jornalistas ao senador
maranhense nas suas emissoras por meio de um pacto silencioso.
Um
exemplo claro da censura e da proteção de Sarney pela família
Alcolumbre foi a retirada do ar do radialista Carlos Carmezim, alinhado
ao PSB que no início do ano foi tirado do ar pelo dono do SBT e da Rádio
Marco Zero FM no Amapá.
A
estratégia de Sarney foi lançar dois herdeiros de sua política
coronelista no Amapá pra derrotar a eleição de uma candidatura de
esquerda que era representada pela petista Dora Nascimento, que no final
da eleição acabou sendo traída por dois partidos considerados de
esquerda (PSOL e PSB).
Só
Dora realmente representava uma alternativa aos herdeiros de Sarney.
Parece que o bigode continuará tendo influência com sua mão invisível na
política do Amapá e já é aguardada a sessão de despedida de Sarney no
Senado onde Davi Alcolumbre deve beijar a mão do seu principal padrinho
político.
Fonte: Blog Heverson Castro
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