domingo, 28 de dezembro de 2014

Após ameaça, começa a faltar medicamentos

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Desde que foram ameaçados de não receberem as faturas pela equipe de transição do governador eleito Waldez Góes (PDT), empresários que fornecem medicamentos a Secretaria de Saúde do Governo do Estado (Sesa) suspenderam a entrega para os hospitais da rede pública.

O impacto da decisão vem afetando diretamente a população que procura por atendimento nos hospitais, principalmente no Hospital de Emergência onde várias cirurgias foram canceladas na última sexta-feira (26). Pacientes foram dispensados na porta do Centro Cirúrgico após receberem aviso por parte de médicos e enfermeiros de que não havia material para a realização das cirurgias. Segundo alguns enfermeiros até mesmo material básico para atendimento simples já estariam faltando.

De acordo com os próprios empresários, durante reunião realizada no dia 28 de novembro, membros da equipe de transição do próximo governo teriam orientado as empresas prestadores de serviços e fornecedoras de medicamentos da Sesa para não entregarem nenhum produto contratado pelo órgão até o dia 2 de janeiro, sob pena de não receberem o pagamento devido.

A situação foi comunicada ao promotor André Luiz Dias Araújo, titular da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública de Macapá que recomendou aos fornecedores "que não interrompam o fornecimento dos serviços e produtos essenciais ao funcionamento das unidades de saúde, com o fim de evitar prejuízos aos usuários do SUS".

Mesmo com a recomendação do MP as empresas não estão entregando medicamentos em razão da sofrida. “Temos ciência do sofrimento da população, porém não tem como ficar sem receber” disse um empresário ao Amapá247.

 Domiciano Gomes do Amapá 247

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