A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (22) que vai anunciar os novos
ministros de seu governo até o próximo dia 29 e antecipou que fará
consultas ao Ministério Público (MP) antes de decidir. “Eu consultarei o
MP mais uma vez. Para qualquer pessoa que for indicar, eu consultarei”,
afirmou
A sinalização esperada pelo governo é sobre nomes
citados nas delações premiadas de presos pela Operação Lava Jato, da
Polícia Federal, que investiga irregularidades em negócios da Petrobras.
Durante café da manhã com jornalistas, Dilma lembrou que tem pedido
informações ao órgão, mas completou: “Eu só quero que me diga sim ou
não. Não quero saber o que eles não podem me dizer”.
Ainda em
relação às denúncias envolvendo a estatal, ela informou que vai
anunciar, depois dos ministros empossados, o segundo escalão do governo
que envolve diretorias de bancos e instâncias consultivas, como o
Conselho de Administração da Petrobras.
“Até por consideração com
o novo ministro. Sem ter nomeado o ministro de Minas e Energia, como eu
indico um conselho que é subordinado a ele?”, explicou. Dilma voltou a
afirmar que não pretende trocar a presidenta da Petrobras, Graça Foster,
e manifestou confiança na atual dirigente da estatal. “Tem que ter
prova apresentada sobre qualquer conduta da presidente. Eu conheço a
Graça Foster, sei da sua seriedade e lisura. É importante saber qual é a
prova. Não vejo nenhum indício de irregularidade na diretoria da
Petrobras”, acrescentou.
A presidenta defendeu que as
investigações continuem, mas classificou como “simplistas” as suspeitas
de que Graça Foster sabia das irregularidades por ocupar o maior cargo
da empresa. A mesma expressão foi usada para as críticas às indicações
políticas de alguns cargos. “Eu não vou demonizar indicações políticas. É
de um simplismo grotesco.
O problema do Brasil não é se são políticos
ou técnicos. Ninguém está acima do bem e do mal”, avaliou.
Dilma
disse que foram “absurdos os volumes de dinheiro de alguns funcionários.
Acho que as pessoas que participam de irregularidades têm que ser
punidas”, disse.
Agência Brasil
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