quinta-feira, 28 de maio de 2015

Não contagioso, vitiligo não traz riscos à saúde

Não contagioso, vitiligo não traz riscos à saúde (Foto: Reprodução)
Caracterizada por manchas brancas e irregulares que surgem em diversos pontos da pele, o vitiligo é uma doença de pele não contagiosa e que pode surgir em qualquer fase da vida, e apesar de não existir ainda uma definição exata sobre a origem do problema, a relação das emoções com o surgimento e piora da doença é comprovada.

As manchas não doem, não coçam e não comprometem qualquer órgão interno. A doença em si não apresenta riscos graves à saúde do paciente, mas provoca um desconforto estético muito grande, principalmente quando se manifesta nas áreas mais visíveis do corpo.

A presença das manchas já pode ser um fator estressante, porém, a falta de sintomas, a não ser a descoloração, faz com que muita gente espere a doença avançar para procurar ajuda, o que é prejudicial, pois o tratamento da vitiligo precisa começar o quanto antes. Segundo a dermatologista Denise Steiner, a ida ao médico é fundmental para ajudar a esclarecer se trata-se mesmo de vitiligo, pois há manchas que se confundem, alerta.

TIPOS DE VITILIGO E TRATAMENTO
Por não ter causa definida, não se pode falar em cura definitiva da doença, porém, existem maneiras eficazes de tratar o vitiligo, garante a Dra. Natalia. Os procedimentos para tratar o problema variam de acordo com cada caso. 

Vitiligo segmentar - caracterizado pelo aparecimento repentino de uma mancha, de um lado só do corpo, é o tipo mais simples da doença. Nele, a mancha costuma acompanhar o trajeto de um nervo. Nesse caso é indicado o procedimento cirúrgico, que leva uma célula normal para o local onde se encontra o vitiligo.

Vitiligo vulgar - aparece em surtos e as primeiras manchas surgem após e algum tempo, aparecem novamente, aumentando cada vez mais. Mas não é incurável: "Se tratarmos o problema, temos condições de melhorá-lo e controlá-lo e até de curar o paciente. Em alguns casos as manchas até podem desaparecer totalmente”, afirma a dermatologista.

Na fase em que as manchas estão aumentando muito, substâncias como ácido fólio, vitamina B12 e corticoides, ou combinar terapias, como a aplicação de luz com cremes antioxidantes que podem pigmentar a pele podem ser indicadas. Uma delas é a aplicação de cremes à base de corticoides sobre as áreas afetadas, ou a administração via oral da substância, nos casos em que a doença está progredindo rapidamente. O componente é capaz de controlar o sistema imunológico. Outra opção é a exposição à radiação UVB por meio de lâmpadas ou do próprio sol.

Em casos de manchas estáveis, que pararam de aumentar de tamanho e são únicas, pode-se fazer um transplante de melanócitos do próprio paciente: "No procediento retira-se fragmentos de pele de alguma região escondida do corpo e implanta-se na área afetada, onde ocorre uma espécie de espalhamento de pigmento, permitindo que a coloração volte ao normal aos poucos”, esclarece a dermatologista: "A face é uma área que reponde bem ao tratamento. 

Já as mãos e pés têm um retorno menos satisfatório. Acredita-se que pacientes com vitiligo se beneficiem muito do acompanhamento psicológico para a melhora da doença.” afirmou a especialista.

VITILIGO E ESTRESSE 
Quando a pessoa fica estressada, as manchas aumentam. Às vezes, o paciente melhora e volta a piorar porque viveu algum estresse", explica o médico Roberto Azambuja, Coordenador do Departamento de Psicodermatologia da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia). 

E como o estresse já é apontado comprovadamente como uma das causas que desencadeiam ou agravam o problema, o apoio de quem convive com portadores é fundamental. Também é importante ter momentos para praticar respiração, meditação, ioga, tai chi chuan.

Quando se vê que o estilo de vida do paciente é estressante, se ele foi abalado por algum trauma emocional que não superou, encaminha-se para a psicoterapia, que precisa ser direcionada e de efeito rápido. É uma reprogramação cerebral que visa transformar a percepção negativa em positiva e  crenças limitantes em facilitadoras.

Outro recurso são os Grupos de Apoio Permanente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que têm como objetivo a formação e a agregação de portadores de doenças de pele, com potencial discriminatório e excludente. Quem participa dos grupos recebe orientação, ouve relatos da comunidade, divide problemas e soluções.

(com informações do portal Terra)

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