quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Polícia Civil desmonta grupo criminoso comandado de dentro do IAPEN

Após dois meses de investigação, a Polícia Civil conseguiu desarticular um grupo criminoso especializado em assaltos e que era comandado de dentro da prisão. A ação policial que prendeu sete pessoas ocorreu na manhã desta quarta-feira, 9, e foi executada pela equipe da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), que conduziu as investigações.

Conforme o delegado Paulo Reyner Mousinho, os crimes, cujo objetivo principal era roubar malotes de dinheiro momentos antes do depósito bancário, ocorreram todos em Macapá. Segundo ele, as ordens e as instruções para os roubos partiam de dentro do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). "À medida que os membros da organização criminosa iam sendo presos, eles eram substituídos por outros 'soldados do crime'. Mas nós 

identificamos cada um dos envolvidos", explicou o delegado.
As investigações apontam ainda que os criminosos acompanhavam a rotina diária de empresários. "Eram dias que eles passavam observando o comportamento das vítimas, no caso, os empresários. Eles [os acusados] sabiam exatamente a movimentação bancária de cada um. Por isso, é importante sempre mudar o horário de nos bancos e ir em carros diferentes, mudar a rotina", orienta o delegado.

A Justiça emitiu nove mandados de prisão, dos quais sete foram cumpridos, e 10 de busca e apreensão. Após serem interrogados, os acusados foram encaminhados à penitenciária. Os chefes da quadrilha foram formalmente notificados no final da manhã.

Ações de segurança
O secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, Gastão Calandrini, lembrou que este foi o segundo grupo desmontado pela Polícia Civil este ano. Segundo ele, por causa da escassez de recursos - provocada pela crise financeira em todo país -, o governo decidiu concentrar as ações de Segurança Pública em operações de maior abrangência.

"Esta foi uma operação específica de combate ao crime organizado. E quando a polícia executa uma ação como esta, o resultado é mais eficaz porque os agentes identificam os envolvidos e a operação tem o respaldo da Justiça. Por isso, essas operações da polícia civil são mais amplas. E esta é uma política de Segurança Pública mais específica", avalia Calandrini.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisa mostra que setor industrial representa aproximadamente 12% do PIB do Amapá

  Para marcar o Dia da Indústria, celebrado nesta terça-feira, 25 de maio, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou pesquisa qu...