quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Polícia pede que nome de Eider Pena considerado foragido seja incuído na lista da Interpol

O delegado-geral da Polícia Civil do Amapá, Uberlândio Gomes, pediu a inclusão do nome do ex-deputado Eider Pena, na lista de procurados da Interpol. Ele teve a prisão decretada no dia 21 deste mês, mas não se apresentou. Eider Pena foi condenado pelo Tribunal de Justiça (Tjap) a 4 anos e 6 meses em regime semiaberto, por desviar mais de R$ 780 mil da Assembleia Legislativa do estado. 


De acordo com as investigações, entre janeiro de 2011 e abril de 2012, o ex-deputado e outros parlamentares apresentaram notas fiscais falsas pra tentar comprovar serviços que não foram prestados. O prejuízo aos cofres da Assembleia Legislativa teria sido de mais de R$ 1 milhão. 


A defesa de Pena apresentou recurso nesta quinta-feira à Justiça, pedindo que ele cumpra a pena em regime semiaberto domiciliar, para que ele não tenha que dormir no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), como determina a decisão.


Foram anexadas declarações de estudo em uma faculdade de direito e proposta de emprego, além de um relatório do Iapen, que demonstra superlotação de presos no regime semiaberto. Esse é um dos argumentos da defesa para que Eider consiga o benefício.

Condenação


O pleno do Tjap condenou Eider Pena por unanimidade no dia 8 de março de 2017, pelo crime de peculato, que é a subtração e desvio de dinheiro público.

A Justiça entendeu que ele usou notas fiscais falsas para ressarcimento ilegal de R$ 786 mil de verba indenizatória em serviços pagos e não prestados ao gabinete dele na Alap entre janeiro de 2011 e abril de 2012.



Também respondiam na ação o deputado Moisés Souza (ex-presidente da Alap), o ex-deputado Edinho Duarte (ex-primeiro secretário) e o ex-secretário de finanças da casa Edmundo Tork. Os três foram absolvidos das acusações que incluíam formação de quadrilha, improbidade administrativa e uso de documento falso.

A condenação foi com base em ação penal do MP, que investigou o caso a partir de documentos colhidos na operação Eclésia, deflagrada em 2012. Além da prisão, o ex-deputado também foi condenado a devolver pouco mais de R$ 1 milhão ao erário, além de ficar impossibilitado de assumir cargo público.

Na época do julgamento, a advogada de Eider disse que o deputado negava a acusação, e afirmou que ele não era o responsável direto pela assinatura das notas fiscais, que, de acordo com a investigação, apresentavam discordâncias gráficas em relação às originais apresentadas pelas próprias empresas. Os valores também teriam sido alterados.

Em um dos casos, segundo o MP, uma nota faz referência a uma compra realizada pelo deputado em 2011. A investigação, no entanto, apontou que a empresa foi fechada em 2009. Todos os estabelecimentos descritos nos documentos fiscais negaram ao Ministério Público terem ofertado o serviço ao gabinete do parlamentar. 

Com informações: G1 Amapá

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