A TAM Linhas Aéreas, através de nota, esclareceu ontem que os voos programados para o último domingo no Aeroporto
Internacional de Belém não foram cancelados exclusivamente por uma
determinação da companhia. A decisão, segundo a companhia, se baseia em
um documento expedido em 18 de janeiro pelo Departamento de Controle do
Espaço Aéreo (Decea), “que proíbe as operações no aeroporto de Belém em
caso de chuva forte ou moderada”.
A Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em Brasília
informou que de domingo até as 20h de ontem ocorreram 19 cancelamentos
de voos, de um total de 166 partidas programadas para o aeroporto de
Belém.
Tudo ainda por conta da condição ruim da pista principal do
Aeroporto Internacional de Belém para pousos e decolagens em ocasiões de
fortes chuvas. Somente ontem, mais três voos da TAM foi cancelados até
esse horário.
Apesar de a TAM dividir a responsabilidade do cancelamento dos voos com o controle de espaço aéreo, a Infraero informou
ainda no domingo que a decisão de não voar por causa das chuvas não
partiu do órgão e que seria uma decisão única e exclusiva das empresas
que operam no aeroporto. “A responsabilidade de lidar com os transtornos
causados aos passageiros são das empresas”, informou o órgão.
Nas situações onde a pista principal ficar impossibilitada de fazer
pousos e decolagens, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
determinou que a pista auxiliar do aeroporto fosse utilizada, o que não
vem sendo feito pelas empresas aéreas, ocasionando muitas
dores-de-cabeça e transtornos a centenas de passageiros que precisam se
locomover.
No último dia 21, o procurador da República Bruno Soares Valente
instaurou inquérito civil público para apurar os possíveis prejuízos aos
consumidores com o grande número de cancelamentos e atrasos de voos no
aeroporto de Belém.
Avaliação
Entre outros pontos, serão avaliadas questões como o cumprimento de
normas que preveem alimentação, acomodação e outros itens aos
passageiros quando houver atraso ou cancelamento das partidas, bem como a
estrutura disponibilizada pela empresa para organizar o atendimento aos
passageiros no aeroporto.
Em dezembro passado, a Infraero concluiu os serviços de revitalização
da pista principal de pousos e decolagens do Aeroporto Internacional de
Belém/Val-de-Cans-Júlio Cezar Ribeiro (PA). A obra custou R$ 5,6
milhões.
Houve recapeamento (troca de asfalto) e revitalização do
pavimento, restauração e execução da nova sinalização horizontal
(pintura) da pista. O problema é que, desde a conclusão das obras, a segurança
da pista vem sendo questionada. As inspeções constataram que a pista
acumula água em excesso, que se mistura ao óleo liberado pelo asfalto,
tornando-a extremamente escorregadia. Além disso, pilotos relatam que,
após as chuvas, poças d’águas atrapalham pousos e decolagens.
(Diário do Pará)
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