Operários da Arena da Amazônia ameçam protestar durante visita de Dilma a Manaus

Nesta sexta-feira, um homem morreu após ser atingido por uma peça de guindaste nas obras do estádio de Manaus 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil no Amazonas (Sintracomec/AM), Cícero Custódio, afirmou nesta sexta-feira (7) que uma nova paralisação deve acontecer no canteiro de obras da Arena da Amazônia nos próximos dias. Em entrevista ao Portal Amazônia, ele declarou que também planeja um protesto da categoria durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Manaus para a inauguração do estádio - ainda sem data definida.

Na tarde de hoje, um trabalhador da empresa responsável pela cobertura da Arena foi atingido por uma peça de um dos guindastes da obra. Após ser socorrido no Pronto Socorro 28 de Agosto e encaminhado ao Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, Antônio Martins, de 55 anos, não resistiu e morreu. 

"Vamos fazer um anúncio oficial sobre a paralisação. Os funcionários precisam ser observados atentamente. Algumas pessoas comentaram que ele [o operário atingido pelo guindaste] estava sem os materiais de segurança no momento do acidente", denunciou Custódio.

A manifestação durante a visita da presidente é considerada, pelo Sintracomec, como "única forma de sermos ouvidos". "Queremos pedir melhorias nos trabalhos. Quantas vidas não foram perdidas por negligência? A única opção é responder de uma forma que possamos ser ouvidos. Principalmente por parte das empresas responsáveis pela obra”, afirmou Custódio. Martins é a terceira pessoa a morrer no canteiro de obras da Arena da Amazônia. 

Um dos diretores do Sindicato da Construção Pesada do Amazonas (Sintrapav/AM), Ricardo Botelho, disse que aguarda uma posição da construtora, principalmente pela questão da segurança. "Todos os funcionários têm famílias que dependem deles, então é necessário tomar providências". O Sintrapav/AM também representa os trabalhadores da arena.

A Arena da Amazônia tem conclusão prevista para 14 de fevereiro. Já a data de inauguração depende da agenda da presidente, mas os sindicalistas prometeram "protestar no dia em que for preciso", como informou à reportagem do Portal Amazônia o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil no Amazonas (Sintracomec/AM), Cícero Custódio. 
 

Com reportagem de Diego Oliveira