Identificado como coautor da explosão que feriu o cinegrafista da
"Band" Santiago Ilídio Andrade, na quinta-feira (6), o estudante
universitário Fábio Raposo se apresentou na madrugada deste sábado (8) à
Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Em entrevista à "Globo News", o suspeito disse que "não tinha a intenção de machucar nenhum repórter".
"Nas fotos que foram apresentadas nas mídias, era eu, sim. Eu estava de
camisa, bermuda e tênis. Com as tatuagens. Sim, eu que passei o
artefato. Mas o artefato não era meu. Eu quero deixar isso bem claro.
(...) Eu vi um rapaz correndo e ele deixou uma bomba cair no chão. Eu
peguei e fiquei com ela na mão. Nesse momento, outro cara veio e falou
comigo: 'Passa para mim que eu jogo! Passa para mim que eu jogo!'. Foi
só isso mesmo. Em momento algum, eu vou para as manifestações para
quebrar as coisas, bater em policial ou jogar pedra", relatou Raposo.
Na mesma entrevista, o jovem acabou se contradizendo pouco depois ao
declarar que não sabia que se tratava de um artefato explosivo logo após
pegar o objeto do chão. Por um momento, na versão dele, disse achar que
estaria "devolvendo o pertence de alguém".
"Foi um acaso. Também não acredito que ele [em referência ao homem que acendeu o rojão] fez isso por mal", disse.
Raposo declarou ainda que só procurou a Polícia Civil porque estava
"assustado" com a repercussão do caso. "Minha foto foi divulgada em
mídias internacionais. Inclusive, eu já recebi ligações de pessoas
desconhecidas que pediram para eu assumir a responsabilidade", disse.
Questionado se conhecia o homem que acendeu o rojão, Raposo declarou
não ter qualquer vínculo com o suspeito. "Não tenho a menor ideia de
quem seja. Eu fui sozinho na manifestação. (...) Mas eu lembro que esse
cara era bem alto e chamava bastante a atenção", respondeu.
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