Menos de dois meses após o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do
Futebol (STJD) ter acatado uma série de denuncias e instaurado inquérito
contra dirigentes da Federação Amapaense de Futebol (FAF) e cartolas,
o futebol amapaense vive um novo episódio negativo para o
esporte; Dirigentes dos quatro clubes inscritos no campeonato de 2014
ameaçam não realizar nenhuma partida no Estádio Zerão, reinaugurado
recentemente, caso o executivo mantenha a decisão de não bancar o
campeonato.
“Como o governo gastou milhões na construção do estádio e agora não
vai patrocinar o campeonato, decidimos que não vamos jogar no Zerão” ,
justifica o empresário Luciano Marba, presidente e proprietário do
Santos Futebol Clube.
Em fevereiro desse ano Marba juntamente com dirigentes da Federação
Amapaense de Futebol (FAF) e membros da Comissão de Arbitragem e do
Tribunal de Justiça foram denunciados pelo Ministério Público do estado
do Amapá, em razão de investigações que apontam infrações disciplinares
envolvendo principalmente o Santos Futebol Clube.
O inquérito (029/2014), presidido pelo auditor do Pleno do STJD,
Paulo César Salomão Filho, é resultado de relatório, assinado pelo
promotor de Justiça Afonso Guimarães, que informou ao STJD sobre
supostos esquemas de manipulação de jogos do campeonato amapaense de
futebol sub-20 e profissional do Estado do Amapá pelo empresário Luciano
Marba.
O procedimento investigatório, inicialmente aberto para apurar
um crime de homicídio do sócio do empresário, resultou no
desencadeamento da “Operação Lucilius”, em outubro do ano passado,
acabou detectando a possível infração no campeonato.
No documento encaminhado pelo Ministério Público do Amapá ao Superior
Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol, o promotor Afonso Guimarães
revela que o advogado Oziel Artur Barros Borges, procurador da Justiça
Desportiva no Amapá, integra o quadro de advogados de Luciano Marba,
conforme mostra recibo anexado no valor de R$ 20 mil por honorários
advocatícios. Afonso Guimarães anexou, ainda, um CD contendo áudio de
interceptações telefônicas e suas transcrições e decisão para
compartilhamento de provas da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá.
Ao longo da operação foram autorizadas escutas telefônicas, que revelaram suposto esquema de interferência e manipulação de resultado nas partidas de futebol dos campeonatos sub-20 e profissional de futebol do ano de 2013. Para o promotor Afonso Guimarães, as escutas, transcritas no procedimento investigatório, apontam um possível esquema de manipulação que, na ótica do Ministério Público, teria a liderança de Luciano Marba Silva, presidente do Santos Futebol Clube.
Nas conversas retratadas sugerem combinações entre o presidente do Santos, o árbitro de futebol Antônio Jorge (que seria empregado da empresa de Marba), Vicente Cruz (diretor técnico da FAF), Carlos Guilherme (então presidente da Comissão de Arbitragem), além de outros envolvidos.
Apesar de não ter sido citado pelo MP-AP e nem ter sido encontrados nas gravações, o presidente da federação, Roberto Góes, foi chamado ao STJD para prestar esclarecimentos junto com os demais dirigentes listados pelo promotor de Justiça Afonso Guimarães.
Ao longo da operação foram autorizadas escutas telefônicas, que revelaram suposto esquema de interferência e manipulação de resultado nas partidas de futebol dos campeonatos sub-20 e profissional de futebol do ano de 2013. Para o promotor Afonso Guimarães, as escutas, transcritas no procedimento investigatório, apontam um possível esquema de manipulação que, na ótica do Ministério Público, teria a liderança de Luciano Marba Silva, presidente do Santos Futebol Clube.
Nas conversas retratadas sugerem combinações entre o presidente do Santos, o árbitro de futebol Antônio Jorge (que seria empregado da empresa de Marba), Vicente Cruz (diretor técnico da FAF), Carlos Guilherme (então presidente da Comissão de Arbitragem), além de outros envolvidos.
Apesar de não ter sido citado pelo MP-AP e nem ter sido encontrados nas gravações, o presidente da federação, Roberto Góes, foi chamado ao STJD para prestar esclarecimentos junto com os demais dirigentes listados pelo promotor de Justiça Afonso Guimarães.
Em razão dos escândalos e da falta de prestação de contas em relação
ao repasse realizado para o campeonato de 2013, o Governo do Estado
decidiu não investir dinheiro público no campeonato de 2014.
No inicio do ano o governo reinaugurou o estádio Milton de Souza, o
Zerão, fechado a mais de 10 anos. O novo estádio que até então era uma
das grandes aspirações dos clubes, agora virou objeto de chantagem por
parte dos clubes.
Domiciano Gomes do Amapá 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário