terça-feira, 15 de julho de 2014

Embrapa conclui pesquisas para o Zoneamento Ecológico-Econômico do Cerrado do Amapá

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A Embrapa concluiu duas pesquisas previstas na cooperação técnica com o Governo do Estado do Amapá para contribuir com o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Cerrado do Amapá, uma das últimas fronteiras de expansão agrícola do Brasil; Os estudos resultaram no mapeamento da aptidão agrícola dos solos do Cerrado amapaense; A outra contribuição é uma publicação que detalha uma proposta para uso agropecuário mais sustentável do Cerrado amapaense


Os resultados do trabalho "Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola do Cerrado do Amapá" serão entregues pelo pesquisador Adriano Venturieri, chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental (Pará), ao governador do Amapá na manhã desta terça-feira, 15, na sede do Executivo Estadual, em Macapá (AP). 

Neste mesmo dia, no horário das 15h às 17h, Adriano Venturieri apresentará os dados da pesquisa durante uma palestra, no auditório da Embrapa Amapá, para todos os interessados no assunto.

A aptidão agrícola é o que determina a vocação natural da terra para determinadas atividades agropecuárias, sempre levando em conta o meio ambiente. Assim, evita-se, por exemplo, que os produtores cultivem grãos em uma área considerada naturalmente inadequada. 

De acordo com o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Amapá, Nagib Jorge Melém Junior, a aptidão agrícola considera cinco fatores para recomendar ou não a utilização das terras: eficiência da fertilidade, deficiência de água, excesso de água, risco de erosão e impedimentos à mecanização.

Esta segunda publicação está disponível no portal da Embrapa para download: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/989592
 Critérios para uso do Cerrado amapaense são indicados em publicação técnica

A publicação intitulada "Proposta de ocupação e uso agropecuário mais sustentável do Cerrado amapaense: princípios, critérios e indicadores técnicos" é resultado do detalhamento das pesquisas sobre solos e aptidão agrícola, de autoria do pesquisador Luiz Wagner Rodrigues Alves e do analista Gustavo Spadotti Amaral Castro. O trabalho é direcionado para o segmento de produção de grãos, apresentando as contribuições para o ordenamento da atividade agrícola do Cerrado amapaense.

A publicação traz um breve histórico da ocupação do Cerrado brasileiro, aborda questões do Cerrado amapaense, as boas práticas agropecuárias, a importância de se fazer avaliação de impacto social e a avaliação de aspectos ambientais e ainda ressalta a legislação na questão de relações e condições de trabalho. 

Os autores destacam que a região do Cerrado é estratégica para o desenvolvimento do Estado do Amapá, que apresenta potencial para crescimento econômico e redução do risco de insegurança alimentar. Além disso, a pesquisa indica a necessidade de sustentabilidade na produção agrícola com a participação das comunidades rurais. 

"O grande potencial de produção de grãos e a posição estratégica do bioma Cerrado no Estado do Amapá facilitam o escoamento da produção, garantindo competitividade à produção agrícola amapaense", afirma o analista Gustavo Castro.

Os princípios e critérios de produção agrícola sustentável no Cerrado amapaense se baseiam no cumprimento das leis nacionais vigentes, boas práticas agrícolas, relações harmônicas com a comunidade e os aspectos ambientais devem ser respeitados para que a fase de transição da ocupação do Cerrado seja o menos traumática possível, contribuindo para a preservação dos recursos naturais e culturais.

ZEE do Cerrado do Amapá

O ZEE do Cerrado do Amapá é um estudo que vai definir a vocação econômica de toda a área do Cerrado amapaense. Portanto, servirá de instrumento para licenciamentos e investimentos do Governo do Estado, dos produtores, dos órgãos de pesquisas e outros segmentos da cadeia produtiva. Para ter força de lei, é preciso o Executivo Estadual enviá-lo à Assembleia Legislativa do Estado do Amapá. O ZEE está sendo feito por um Grupo de Trabalho. 

A coordenação dos trabalhos é da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Setec) e Instituto Estadual de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), com participação de outros órgãos.

Amapá 247

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