A Controladoria-Geral da União (CGU) determinou a abertura de processos administrativos de responsabilização contra oito empresas
envolvidas na Operação Lava Jato. De acordo com a CGU, as empresas
Camargo Correa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Junior, OAS,
Queiroz Galvão e UTC-Constran estariam envolvida em esquema de
corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em sua relação com a Petrobras. A decisão do ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, foi publicada hoje (3) no Diário Oficial da União.
Segundo
a CGU, a abertura dos processos resulta da análise de documentos da
operação Lava Jato, compartilhados pelo juiz Sérgio Moro, responsável
pelo caso na Justiça Federal no Paraná. Entre os documentos analisado e
que embasaram o pedido, estão e-mails, notas fiscais, transferências bancárias e registros de interceptações telefônicas.
Para
a CGU, o material reúne elementos suficientes para responsabilizar, de
forma individualizada, as empresas envolvidas nos atos ilícitos. Elas
devem ser notificadas nos próximos dias. Caso sejam responsabilizadas, o
resultado poderá acarretar no impedimento de celebrar novos contratos,
aplicação de multas ou, se for o caso, outras penalidades cabíveis.
Ainda de acordo com a CGU, há a possibilidade de que novos processos sejam abertos contra outras empresas.
Ontem (2), a CGU havia determinado abertura de processo administrativo e punitivo contra gerentes
e ex-gerentes da Petrobras. As punições aplicadas, caso os envolvidos
sejam considerados culpados, podem chegar à demissão. Para os que já
deixaram o cargo, poderá ocorrer conversão em destituição ou demissão
por justa causa, com eventual proibição de retorno a empregos públicos.
Agência Brasil
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