quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

LEVANTAMENTO APONTA QUE QUASE 100 MULHES FORAM VÍTIMA DE ESTUPRO NO AMAPÁ

Dados da Delegacia da Mulher são do período de janeiro a novembro .
Ameaça e agressão lideram registros de ocorrências na instituição.

 Casos de agressão e ameça também tiveram alta em delegacia (Foto: Reprodução / EPTV)

De janeiro a novembro de 2014, 93 mulheres foram vítimas de estupro no Amapá, segundo levantamento feito pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DCCM), na quarta-feira (3).
A titular da delegacia, Vilani Feitosa, diz que o número é considerado alto em relação aos anos anteriores, e foi obtido com base nas denúncias feitas à delegacia.
"É um número que não para de crescer. Acreditamos que seja maior porque em muitos casos a vítima não chega até nós", lembrou.

O levantamento também aponta que os casos de ameaça e agresão contra a mulher lideraram as ocorrências registradas no mesmo período na DCCM. Foram 2.757 boletins de ocorrência envolvendo ameaça de morte e outros 1.312 referentes a lesão corporal.
Titular da Delegacia de Crimes Contra a Mulher ( DCCM), Vinali Feitosa  (Foto: Abinoan Santiago/G1)Titular da DCCM Vinali Feitosa (Foto: Abinoan Santiago/G1)

A titular da delegacia informou que cerca de 80% desses casos estão relacionadas à violência doméstica, mas reforça que o registro pode ser maior em razão das vítimas não fazerem a denúncia à polícia.

"São crimes cometidos dentro de casa pelo marido e até mesmo pelo irmão ou pai desta mulher", alertou a delegada.

Outros 20%, segundo a delegada, são de ocorrências de menor relevância, como briga de vizinhos, discussão entre mulheres, entre outras, sendo que 448 dos casos resultaram em termos circunstanciados e o restante foi encaminhado para as delegacias dos bairros.

Entre os mais de 7 mil boletins registrados envolvendo mulheres como vítimas, 541 se tornaram processos criminais na Justiça do Amapá e 1.103 mulheres ganharam medidas protetivas de urgência até novembro.

Em 2013, a delegacia atendeu 9.797 denúncias entre roubos, difamação, tentativa de homicídio e lesão corporal.


Fabiana Figueiredo Do G1 AP

 

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