Mais de 200 agentes de saúde e 95 profissionais de combate à endemia atuam sem condições de trabalho no município de Santana. A categoria cobra da Prefeitura, materiais para realização de coleta de dados, estrutura para a realização do serviço na zona rural e a regularização do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), no município.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde e Combate a Endemia, Erinelson Ladislau, os protestos são contra a falta de compromisso da gestão municipal com a categoria e as condições insalubres com que os agentes atuam. “A Coordenação de Vigilância em Saúde funciona em um prédio deteriorado, com produtos como larvicidas acondicionado junto aos trabalhadores, a própria caixa d água é um criadouro, os computadores não funcionam, impossibilitando o município de informar a produção local dos agentes” denunciou o presidente.
A falta de estrutura tem dificultado a coleta, armazenamento, a transferência e a atualização de dados junto à Brasília, comprometendo as ações de controle de endemias no município. Segundo o residente do sindicato, as deficiências podem ainda provocar o não repasse de recursos. “O problema se agrava nas zonas rurais, não há combustível para o transporte dos agentes para a realização do ciclo, sabemos que há focos, mas não há condições de trabalho” disse Erinelson Ladislau, informando que a diária de um agente é de apenas R$ 56, e há dez anos não sofre reajuste.
A categoria reivindica ainda o compromisso e a organização da administração quanto à regularização do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), cujos incentivos são garantidos ao município, visando melhorar a qualidade da atenção básica e é direcionado aos agentes de saúde e combate a endemia, de acordo com o empenho na coleta de dados.
Na última terça-feira, 14, a Câmara de Vereadores de Santana aprovou o requerimento n° 108/2015, de autoria do vereador Richard Madureira (PT), que solicitou à Prefeitura de Santana a garantia dos direitos dos profissionais. “A Secretaria Municipal de Saúde tem por dever apresentar uma resposta a falta de condições de trabalho dos agentes, uma vez que os principais prejudicados são os moradores” criticou o parlamentar.
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